sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vocação radical


Chegou-me às mãos um pequeno livro autobiográfico onde a Irmã Raquel Silva de Vila de Conde conta a história da sua vocação. Nesse livro, lançado em Novembro passado, ela perpassa todo o seu percurso de vida, desde menina adolescente avessa à religião, até jovem adulta que encontrou a felicidade num Mosteiro de Clausura. Uma escolha “radical” que nem todos entendem ou aceitam.

“Tudo começou aos doze anos – apenas dois anos depois da primeira Comunhão –, quando decidi não mais me confessar, achando que bastava pedir perdão directamente a Deus. O meu fascínio pela ciência, em particular pela astronomia, desenvolveu em mim uma visão materialista da realidade, fazendo-me desembocar num ateísmo convicto aos quinze anos. Obrigada pelos pais a ir à Missa, aos dezassete anos senti claramente a presença de Deus no momento da Comunhão. Compreendi que Deus afinal existe, mas abandonei a Missa, que considerava uma simples cerimónia para recordar a Deus”.

“No entanto, aquele chamamento aos dezassete anos motivou o meu regresso à Missa aos vinte e quatro anos, acompanhado de grande alegria. E foi então que Deus me atraiu a consagrar-me inteiramente a Ele: no momento de me deitar, quando me preparava para adormecer, brotou dentro de mim um súbito e espontâneo desejo de uma entrega total a Deus, desejo jamais sentido ou imaginado e com o qual agora, inexplicavelmente, me identificava por completo. Não resisti, entreguei-me à sua vontade e procurei-a no silêncio da oração. E foi o silêncio tornando-se cada vez mais o habitat natural da minha alma”.

O referido livro, que se lê num fôlego, pode ser adquirido numa boa livraria ou pedido para “Edições Tenacitas” de Coimbra pelo tel. 239 712 865 ou por e-mail: geral@tenacitas.pt.

5 comentários:

Joaquim Costa disse...

Vocação radical, sem dúvida! Mas que dá realização feliz a quem a segue. Parece qe este é também o caso.

Anónimo disse...

Só não entendo como pode uma pessoa dedicar-se á Deus se não se dedica ao próximo que precisa.
Jesus disse: "Quem diz que ama a Deus mas não ama o próximo é mentiroso".
uem me explica isso?!

Anónimo disse...

Medito frequentemente, surpreendido e estasiado, nos caminhos de Deus!!!

Anónimo disse...

P.s.: o anónimo anterior, das 18:09, é o FF.

Meus Caros disse...

Anónimo - 1:
Quem te disse que quem se dedica a Deus inteiramente não ama o próxima?!
Santa Teresinha do Menino Jesus professou na vida contemplativa e foi escolhida para padroeira as Missões. E isto porque sempre se interessou pelas pessoas que não tinham o benefício da fé e ajuda missionária.
Interessava-se ternamente pelos outros irmãos pobres e carenciados de tudo, até da Fé.