sábado, 24 de abril de 2010

Judeu defende Pio XII


Chama-se Gary Krupp, tem 62 anos, e tornou-se com o rabi David G. Dalin uma das mais destacadas figuras da comunidade judaica, a entender que Eugenio Pacelli, futuro Pio XII, trabalhou de forma activa, ainda que discretamente, para salvar muitos judeus perseguidos pelo regime nazi. Começou por ver em Pio XII uma figura detestável por não ter ajudado os judeus durante a II Guerra Mundial. Hoje, é um dos maiores defensores daquele que um livro nos anos 90 classificou como o "Papa de Hitler".
Há seis anos que se dedica a reunir materiais que refutem as acusações de que Pio XII é alvo. Para este judeu americano, o Papa Pacelli "foi o maior herói da II Guerra Mundial"
Perspectiva partilhada pelo professor de história americana e judaica, além do rabi David G. Dilan, que defende ter Pio XII salvo "quase 85% dos judeus" que viviam em Itália. Para Dalin, é importante ter presente que "muitos judeus famosos – Albert Einstein, Golda Meir, Moshe Sharett [2.º chefe do Governo de Israel], Isaac Herzog [principal rabi dos judeus asquenazes entre 1937 e 1959] e outros expressaram publicamente a gratidão a Pio XII".

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Esperança cura drogas


O padre franciscano Hans Stapel é um sacerdote que já muita gente conhece pela sua obra de tratamento e cura de drogados – a Fazenda da Esperança. Incansável, actua numa batalha árdua, desde 1983, quando criou um dos projectos mais respeitados de recuperação de dependentes de drogas, com unidades no Brasil e em mais outros 11 países do mundo. Quando há dois anos o Papa foi ao Brasil, quis ver com os seus próprios olhos e de alguma maneira enaltecer este trabalho persistente daquele padre.
O êxito da cura é de 84% e alcança-se sem drogas de substituição e sem a mediação de psicólogos. A descoberta do amor de Deus faz milagres. Assim as Fazendas converteram-se em centros de fraternidade e de evangelização.
Tudo começou quando este homem, na altura ainda jovem e apenas como voluntário católico, esteve na guerra do Biafra a participar na distribuição de alimentos e remédios.
Ao ver tanta injustiça e destruição, veio-lhe a vontade de pegar numa arma e resolver as situações com a violência. Foi a Palavra de Deus que mudou radicalmente a sua vida. Tornou-se sacerdote e, no Brasil, deu início a esta obra.
Quando chegou a Guarantiguetá só tinha uma ideia na cabeça: viver o Evangelho. Na sua oração rezava: «Tu sabes, Senhor, que eu não sei o que é ser pároco. O pároco desta terra serás Tu. Eu ajudarei como puder».
O Padre Hans Stapel começou por acolher a cada pessoa como se fosse a única que tinha de amar naquele momento.
E o caso que primeiro o preocupou foi o de uma jovem grávida que lhe pediu ajuda. Não tinha que comer nem onde ficar. O padre acolheu-a e arranjou-lhe uma família para criar a criança. Depois apareceram drogados que precisavam de quem deles cuidasse. E pouco a pouco foi nascendo uma obra que hoje tem projecção mesmo em alguns países da Europa. E já recuperou cerca de 15 mil pessoas.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tempo de páscoa


Neste tempo pascal, vale a pena pensar em tantos cristãos que hoje vivem oprimidos, sem liberdade de exprimirem a sua fé. A exemplo de Jesus Cristo são perseguidos e mortos, vítimas da intolerância política ou religiosa.
Sempre admirei estes irmãos que mesmo assim não abandonam a sua fé, antes a proclamam com verdadeiro heroísmo. É a fé na ressurreição que lhes dá esta coragem de enfrentar a discriminação e até a morte. À maneira dos primeiros cristãos, quase podíamos dizer que para eles o sofrimento e a morte pouco contam, pois sabem que os espera uma Vida melhor.
Conta-se que, na Rússia, nos tempos da revolução comunista, após uma sessão de propaganda do ateísmo, onde muito se tinha falado contra a religião, o dirigente marxista perguntou se alguém tinha alguma coisa a dizer. E, depois de alguns breves momentos de silêncio, levantou-se um homem. Dirigindo-se à tribuna, exclamou corajosamente: «Cristo ressuscitou! Aleluia! Aleluia!»
E num coro imenso, a assembleia respondeu:
«Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!»
Este grito de fé tinha posto por terra todo o trabalho daqueles que ali tinham vindo implantar os ideais ateus.
Num mundo cheio de problemas de toda a ordem, não podemos desanimar. Cristo está vivo. Ele está no meio de nós. A vitória que vence as dificuldades que encontramos na nossa vida ou à nossa volta é a fé. A fé centrada na vitória de Jesus Cristo sobre a própria morte.
A celebração da Páscoa de Cristo tem de nos ajudar a superar os nossos medos. "Ò morte, onde está a tua vitória?" – exclama S. Paulo. E continua: "Se Deus está por nós, quem poderá estar contra nós? Quem nos poderá separar do amor de Cristo? Nada. Nem o sofrimento, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, os perigos, a morte. Nem as forças deste ou do outro mundo. Nada nem ninguém."