sexta-feira, 7 de maio de 2010

A indiferença que mata


A história de Hugo Alfredo Tale-Yax é impressionante e bem reveladora do egoísmo e indiferença das pessoas do nosso mundo ocidental.
Foi na madrugada de domingo 17 de Abril, que este homem de 32 anos, natural da Guatemala, e que passou a sem-abrigo após perder o emprego, percebeu que uma mulher estava a ser assaltada por um homem armado com uma faca. Hugo Alfredo conseguiu salvar a mulher mas foi golpeado pelo criminoso. Ainda assim tentou apanhá-lo mas caiu desamparado no passeio.
Ao longo de hora e meia dezenas de pessoas foram passando por este moribundo mas não ligaram. Tudo isto foi gravado por uma câmara de vigilância. Quando os bombeiros foram chamados, já nada havia a fazer. Por baixo do cadáver de Hugo Alfredo Tale-Yax estava uma poça de sangue. A polícia de Nova Iorque, que reconstruiu a história do assalto através de imagens de câmaras de vigilância, procura agora a mulher assaltada e o homem que terá esfaqueado o sem-abrigo até à morte, escreve o “Washington Post”.
Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre a indiferença de um sacerdote e de um levita judeu e a ajuda de um samaritano a um homem vítima de um assalto. Agora são pelo menos 20 pessoas a passar perto do sem-abrigo e nem uma foi capaz de o socorrer. Nem mesmo a mulher que Hugo Alfredo tentou ajudar o socorreu.
Por momentos, pareceu que alguém teve pena do sem-abrigo e se aproximou, mas foi apenas para tirar uma fotografia com o telemóvel!
Este não foi um acontecimento isolado. Infelizmente, vai-se repetindo em todo o lado a indiferença pelo que acontece ao vizinho do lado!

4 comentários:

Em contra-corrente disse...

Será que ninguém se lembrou de telefonar à polícia ou aos bombeiros?
Ou foram estes que falharam?
Este nosso mundo é um mundo-cão!

Anónimo disse...

Dizes bem, Em contra-corrente.
Este mundo está perdido. Já nem se acode a um homem ferido no meio da estrada.
Onde estão os samaritanos?

Joaquim Costa disse...

Não esqueçamos, entretanto, que ainda há pessoas boas, que se dão à ajuda aos mais necessitados.
Lembro aqui esses milhares de homens e mulheres que deixaram tudo para se dar aos outros.
Eu conheço vários.

Anónimo disse...

A minha interrogação é: e eu que faria nesta circunstência!? Que faço eu no dia a dia!? Estar atento e não fazer o mesmo, mas estar vigilante.
FF