Estive há dias com uma família católica chinesa a viver em Portugal. A filha mais velha já tem 13 anos e frequenta as escolas portuguesas desde miúda. Daí que não tive dificuldades em entender tudo o que os pais me quiseram dizer. Com uma intérprete assim o diálogo foi fácil.
Disseram que gostam de viver em Portugal e que os filhos estão plenamente integrados. Já eram católicos na China, mas sentiam-se marginalizados. Aqui é tudo muito diferente. As pessoas nem sabem o bem que têm em poder livremente expressar a sua fé.
E deram-me a conhecer o sonho que têm: o de voltarem à China e poderem ser livres como todos os chineses o são em Portugal.
Fiquei edificado com a fé daquela gente. Crêem que também na China a Igreja católica tem um futuro florescente. São cerca de 100 mil chineses que todos os anos se convertem a Cristo e se tornam católicos. Apesar de isto ser proibido. E milhões terem sofrido na pele esta proibição.
Como escreveu Tertuliano acerca das perseguições dos cristãos dos primeiros séculos: "O sangue dos mártires é semente de novos cristãos".