terça-feira, 21 de julho de 2009
Eu não tenho pai. Fugiu!...
Foi já há tempos. Um miúdo mostrou-me um brinquedo com que se entretinha.
– Quem te deu um carro tão bonito? – perguntei.
– Foi o meu avô.
– Então e o teu pai? – perguntei sem saber o que se tinha passado com o progenitor.
Foi aí que o miúdo abriu os braços num gesto expressivo, deixando cair o carrito, e me disse:
– Eu não tenho pai. Fugiu!...
A avó, que estava ao pé do miúdo, explicou-me então que o pai daquela criança tinha abandonado a família, sem dizer água vai. Agora as crianças passavam o dia com os avós, enquanto a mãe fazia umas limpezas em casas de uns senhores, para ver se amparava a família.
O gesto da criança e o seu ar de tristeza não saiu mais da minha retina. Quantos e quantos filhos se vêem privados do convívio de seus pais, devido a esta chaga das separações!
Como explicar tal fenómeno? Sobretudo se pensarmos que a grande maioria dos jovens acha muito importante a família! Quando se pergunta aos jovens, entre os 10 e os 29 anos, como numa sondagem recente feita na Europa, qual a base mais importante da sociedade, 99,4 por cento dizem que é a família. Então porque razão, quando a constituem, não são capazes de lhe dar todo o seu apoio? Será que o mal está sempre nos outros? Onde pára o amor que dizem ter? Porventura as novas gerações não são capazes de aguentar compromissos?!
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4 comentários:
É um horror o que vemos. O abandono sempre me impressionou muito. Até de cães, quanto mais de pessoas.
E ainda po cima filhos!!!
"Ainda por cima filhos!"
Dizes bem.
Para onde vamos?!
Tsmbém eu conheço algumas crianças sem pai. E isso dói-me imenso. Sobretudo se não tem avós que a acarinhem.
comentários sumarentos,os que antecedem...que se pode aliás esperar neste "Ver para crer"???
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