quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Salvou uns 10 mil judeus


Em 20 de Dezembro de 2010, faleceu, aos 98 anos de idade, o arcebispo Giovanni Ferrofino, núncio apostólico emérito no Equador e no Haiti, que salvou cerca de 10 mil judeus durante a 2ª Guerra Mundial, como colaborador do Papa Pio XII.
Gary Krupp, judeu, fundador da Pave the Way Foundation (PTWF), surgida em Nova York, explicou a ZENIT que Dom Ferrofino "talvez tenha sido a maior testemunha, em vida, dos esforços de Pio XII para salvar a vida dos judeus que a nossa Fundação entrevistou".
"Pio XII enviou-o como emissário a Portugal, solicitando vistos para que os judeus pudessem entrar no país", revela. Depois, Dom Ferrofino continuou o trabalho de assistência quando foi enviado como secretário da nunciatura da República Dominicana.
Numa entrevista que Ferrofino gravou para a PTWF, o prelado revelou a frustração que Pio XII manifestou, batendo a mão na mesa, ao ver que os americanos não haviam ajudado a "salvar esta vibrante comunidade" – referindo-se aos judeus.
O então Pe. Ferrofino recebeu regularmente, na República Dominicana, telegramas codificados de Pio XII, entre 1939 e 1945. Pessoalmente, decodificou essas mensagens e, com o núncio apostólico, Dom Maurílio Silvani, apresentou diversas petições ao general Rafael Trujillo, presidente da República Dominicana, "em nome do Papa Pio XII".
"O Vaticano tinha conseguido voos transatlânticos da Europa - explica Krupp. E isso aconteceu pelo menos duas vezes por ano, somando um total de 1.600 vistos por ano para os judeus que escapavam através de Portugal e da Espanha. Dom Ferrofino também ajudou esses refugiados a emigrar para Cuba, México, Estados Unidos e Canadá. Salvou, sob instruções directas de Pio XII, mais de 10 mil judeus."
O reconhecimento do trabalho de Pio XII e da Igreja Católica em favor dos judeus foi dado por muitos judeus que o testemunharam, entre os quais o físico de origem judaica Albert Einstein : "Somente a Igreja ousou opor-se à campanha de Hitler de suprimir a verdade. Nunca tive um interesse especial pela Igreja antes, mas agora sinto um grande afecto e admiração porque somente a Igreja teve a coragem e a força constante de estar da parte da verdade intelectual e da liberdade moral".

3 comentários:

Joaquim Costa disse...

Tantos acusam o Papa Pio XII de se calar perante as atrocidades de Hitler.
Mas quem defendeu mais os judeus vítimas da sua crueldade doentia?!

Anónimo disse...

É verdade, esta é uma pequena amostra de como os detractores de Pio XII estão errados. Os inumeráveis testemunhos de judeus sobreviventes provam bem que é falsa a campanha que lhe foi movida: por maldade, má fé ou ignorância, mas neste caso deviam indagar primeiro.
Felizmente, a verdade vem sempre ao de cima, nada fica escondido, o bem e o mal.
FF

Em contra corrente disse...

Menti! Menti! Muitas mentiras juntas acabam por parecer verdade.
Foi isto que fizeram e fazem muitos a respeito da posição de Pio XII sobre as atrocidades de Hitler.
Mas a verdade vem sempre ao de cima! E ela aí está.
Ninguém ajudou mais judeus que a Igreja Católica...