quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Exemplo a seguir


Tirou o mestrado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e há dias apresentou um livro. Nada disto mereceria comentários não fora o facto de o autor ser portador de paralisia cerebral.
“Foram desafios que venci", afirmou à Lusa, Nuno Meireles, natural de Amarante.
Um problema no parto transmitiu a Nuno Meireles, de 34 anos, uma deficiência física profunda que o impede de escrever com as mãos. Apesar das limitações físicas, desde criança manifestou a sua inteligência e o seu inconformismo, desenvolvendo a faculdade de usar os pés para escrever.
Inicialmente, aprendeu a usar um lápis ou uma esferográfica para obter bons resultados. Mais tarde, adaptou-se ao teclado de uma máquina de escrever, que chegou a usar na escola primária, evoluindo depois para o computador.
Actualmente, sentado numa cadeira de rodas, utiliza o computador para estudar e comunicar com os amigos através da Internet, compensando as limitações de mobilidade.
O gosto pela leitura levou-o a escrever o seu primeiro livro em 2007, uma autobiografia intitulada "A Vida e eu".
"Eu sempre gostei de ler e escrever. Depois de escrever o primeiro, não queria ficar por aí", disse à Lusa, referindo-se ao segundo livro, um romance com mais de 400 páginas, escrito ao longo de um ano, intitulado "Duas vidas. Um destino". "É a história de duas pessoas, uma de classe mais pobre e outra de classe mais abastada", explicou.
É normal ouvir-se dizer que quem tem sonhos que dificilmente realizará é um “sonhador”. Nuno Meireles talvez não tenha ouvido ninguém chamar-lhe isto. Mas decerto muitos o pensaram.
Agora é ocasião de ver que o sonho – como a fé – move montanhas e “querer é poder”.
Que olhem para este exemplo todos os que sofrem contrariedades na sua vida e sigam este exemplo.

1 comentário:

Joaquim Costa disse...

São exemplos destes que nos deixam sem fala quando desanimamos frente a obstáculos bem pequenos.