quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A única verdade é amar


No dia 30 de Janeiro, celebra-se o Dia Mundial do Leproso. Este Dia Mundial foi criado pela ONU, em 1954, a pedido de Raul Follereau, que nasceu em Nevers, França, em 1903 e morreu em Paris, em 1977.
Com uma brilhante carreira médica, abandonou-a quando se deparou com os leprosos, em África. Não mais pôde dormir descansado no conforto da sua casa. Este médico francês foi pelo mundo contactar o maior número de leprosos, abraçá-los, levar-lhes alívio e auxílio. Dirigiu-se aos governos e cidadãos dos países desenvolvidos, a pedir-lhes ajuda para o seu tratamento e cura.
É ele que conta:
«Pedro tinha 15 anos e estava leproso. Separado da família e dos amigos, sabia a gravidade da sua doença e por isso pensava que não tinha mais furturo à sua frente. Mas um dia viu um homem a seu lado que lhe segredou:
– Estou aqui para te curar!
O menino levantou a cabeça. E um breve sorriso inundou-lhe o rosto:
– Mas esta doença não tem cura...
– Estás enganado, disse-lhe o visitante. Eu sou Raul Foullereau e vou curar-te.
E, semanas mais tarde, o menino escrevia ao seu benfeitor, agradecendo-lhe o tratamento que lhe estava a dar visíveis melhoras.
Foullereau deu 32 vezes a volta ao Mundo, ao serviço dos doentes de lepra. Visitou Portugal em 1957 e 1968. Abraçou os doentes do Hospital Rovisco Pais. Até ao fim da vida lutou com todas as capacidades para conseguir que estes doentes fossem tratados como seres humanos, como nossos irmãos. Ainda em sua vida surgem, em vários países, as associações dos leprosos, sob a sua protecção. Em Portugal, a Associação Amigos Raoul Foullereau (APARF) nasceu, há 15 anos, sob a sua inspiração.
A APARF é uma iniciativa dos Missionários Combonianos. Herdeira dos ideais de Foullereau, prossegue a sua mensagem de amor, lutando contra a lepra e todas as lepras como era o seu desejo, seguindo o seu testemunho de vida.
– A maior desgraça que vos pode acontecer é não serdes úteis a ninguém. Porque a única verdade é amar, escreveu o famoso médico.

1 comentário:

Joaquim Costa disse...

É bom sabermos que o mundo também sempre teve gente boa, como este médico.
Oxalá muitos copiem o seu exemplo.