A Diocese de Coimbra foi chamada na Quaresma de 2009 a apoiar esta Obra e, por isso, ela já é conhecida pelo menos de nome por quase todos os meus leitores.
Com sede na Praia de Mira, esta Instituição foi fundada em 1942 por Frei Gil Alferes, Frade Dominicano, natural do concelho de Oliveira do Bairro, que fez alguns anos de estudo no Seminário de Coimbra.
Ainda conheci este Padre, que dedicou o melhor da sua vida aos rapazes sem família que os acolhesse.
Na entrada da Casa erguida em Ramalde – Porto, está uma placa com algumas palavras repetidas por Frei Gil. Elas ajudam a entender melhor a sua dimensão humana, cristã e sacerdotal:
"Não matem as crianças, dêem-mas... Sempre viverei entre os pobres e entre os pobres quero morrer. Traba-lho para os outros. Não quero nem faço nada para mim ".
Já muito doente, respondeu um dia a Frei Bernardo quando este disse que lhe traria uma cama articulada, para o aliviar do seu sofrimento: " ...mas a cruz de Cristo não era articulada..."
A Obra deste Homem sobreviveu-lhe. Ele faleceu em 1979. A Diocese de Coimbra acarinhou-a como sua. E o Cónego Aníbal Castelhano é hoje o seu responsável em nome da Igreja Diocesana.
Vivem dias difíceis as instituições do género e esta não é excepção. Vivendo de subsídios estatais – que cobrem cerca de metade das despesas – e da generosidade das pessoas, sofrem a crise como os pobres, porque os donativos diminuem.
Estes “Testemunhos” também têm a finalidade de apelar à partilha com estas instituições. Actualmente estão a cargo da Diocese de Coimbra, a Casa da Praia de Mira, onde está a sede e a Casa de Ramalde – Porto, com 35 utentes cada, a Casa de Lobão – Santa Maria da Feira, com 30, e o Instituto de Promoção Social de Bustos, com Creche, Jardim de Infância e ATL.
A equipa de colaboradores da Instituição trabalha diariamente para o cumprimento rigoroso do projecto de vida de cada criança e jovem, tendo em vista a satisfação das suas necessidades físicas e anímicas, com a finalidade de atingir, no menor espaço de tempo possível, a sua reintegração na família biológica ou alargada, em família de acolhimento ou adoptante ou apoiar a sua inserção na vida activa, através da autonomização.
Contacto: Obra do Frei Gil - Apartado 39 - 3070-908 Praia de Mira
Telefone/Fax: 231471159/231472531
Email: obrafreigil@hotmail.com
Mensagens
9 comentários:
Aqui está mais um exemplo do que é e foi a solidariedade da Igreja para com os órfãos e excluídos.
As obras falam por si.
Esta é mais uma obra para gastar o dinheiro do Estado ou melhor de todos nós...
Gostava de ver a igreja a gastar a sua fortuna com os mais pobres e não o meu dinheiro dos impostos.
Falar é fácil! Porque é que então são poucos a lançar-se nesta aventura de ajudar miúdos como estes?!
caros amigos,como sempre e facil falar de forano entanto e de louvar todos aqueles que de uma forma simples e humilde se dão a estas obras de alma e coração com o intuido de practicar a benevolencia e a caridade, no entanto penso que a paroquia tambem poderia efectuar algum tipo de ajuda no sentido de serem benevolentes para com aquelas criançasque quando vieram ao mundo fizeram-no despojados de tudo apenas com a força de viver, ajudai e deixai-asserem crianças, todos sao o futuro de amanha.Alguem nossoconhecido deixou esta mensagem para todos nós - "amai-vos uns aos outros como eu vos amei", um grande abraçopara todos na obra de mira.
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como ""filho " do Frei Gil lamento ver o seu nome associado a casas que vivem exclusivamente com apoios estatais com o intuito dos responsaveies encherem os proprios bolsos eu frequentei durante 6 anos a casa da criança em Aldeia Nova-Olival VILA NOVA DE OUREM ai nos ensinaram para a vida hoje fala-se muito em trabalho infantil mas nos apesar de sermos menores a altura trabalhava-mos no campo da quinta onde aprendemos a cultivar de tudo outros eram responsaveis pela cozinha outros pela limpeza da casa tinhamos as irmas dominicanas assim como os frades que eram os nossos instrutores ajudando e ensinando a preparar-nos para a vida dura que iriamos enfrentar.Claro que esta casa tambem susistia por apoios de anonimos com a sua caridade uma parte da ajuda vinha da venda do jornal " O LIBERTADOR" esta sim era uma casa de rapazes,para rapazes e pelos rapazes
A todos agradeço do fundo do coraçao o tempo despendido sem cobrar nada em troca para fazer de mim e outros tantos como eu o homem/pai que sou
OBRIGADO PAI FREI GIL ALFERES
Caro colega. Trato como colega porque eu próprio frequentei a mesma instituição 93/99. Atesto tudo o que disse. Sempre considerei a nossa instituição auto suficiente em comparação aos dias de hoje. De lá saíram grandes homens. Não desfazendo os resultados de hoje. Já agora em que anos o senhor frequentou a casa?
Ola a todos eu entrei, em 88 e sai perto d93 ,, sou luis leal,, e ando a tentar encontrar,,alguns ,, do meu tempo , o pior para mim nao foi facto de trabalhar na quinta ,nós davamos nomes a tudo e todos ,Do tipo poços tinham nome de poço da mina ,poço da vaca e poço do cadiado.E no inverno o Manel marido da Natália nao sei o qual o pior ,, mas enfim ele tinha a mania de correr tudo ao ponta pé, nas canelas dos miúdos. E a Natália era dava estalos ,, porra nos dias de nao era assim.Mas o trabalho faz parte de nós assim como ir pra Amendagoa apanhar pêssegos, e azeitona, pros lados da urqueira ..epa tenho tanta informação na cabeça,, que demorava dias ,,a escrever o que me lembro. meus irmãos todos do mesmo tempo ou nao ,nao importa. Mas sim o que aquela casa nos tranformou ,,,, e no fim cada um seguiu o seu destino .Eu aguardo resposta e aqui deixo o meu contacto 914884085 Sou o luis leal a minha alcunha la o Abutre ,, e porquê ?um dia vão se lembrar das ratazanas assadas que nos assamos ao lado da vacaria.Mais uma vez abraço a todos
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