sábado, 9 de maio de 2009

E a doença foi uma bênção

Não é fácil descrever o que aconteceu naquela família, quando a D. Zulmira foi hospitalizada. O diagnóstico era reservado e o marido foi logo prevenido de que, a ficar boa, a esposa tinha para mais de meio ano de tratamento.
O filho mais velho tinha entrado há pouco para a universidade e a mais nova estava no 6º ano. Havia ainda um outro filho de uns 15 anos, que também estudava.
Toda a família a ia visitar ao hospital. E a doente é que tinha de dar ânimo aos filhos, ao marido e até a outros familiares.Em casa, nos primeiros tempos, era uma anarquia. Quem é que havia de fazer o comer? Depois era preciso lavar, varrer, limpar. A mãe estava no hospital. A avó aparecia por lá, mas estava tão nervosa como os netos e o genro.
– Façam só o indispensável. Para a semana tenho fé que já vou para casa.
A Zulmira sabia que a sua doença não é das que passam em poucos dias, mas tinha fé que a Senhora de Fátima sabia o que era a falta duma mãe numa casa. Para além disso era preciso incutir fé e coragem na sua família.
– Rezem o terço todos os dias para que Deus me ponha boa. E não deixem de ir à Missa.
O filho mais velho tomou aquelas palavras para ele. As mais das vezes ficava na cama, em vez de se levantar para cumprir o preceito dominical.
Foram mais de três meses no hospital e depois tratamentos de quimioterapia.Mas pouco a pouco tudo ia sendo feito naquela casa. Até a mais nova já cozinhava, lavava e varria, quando chegava a sua vez. E todos os dias havia tempo para rezar naquela casa. O universitário de novo se acostumou a levantar cedo ao Domingo para ir à Missa.
A coragem e fé da mãe superou o mal ruim. E a família tinha amadurecido em todos os sentidos. Passados mais de 3 anos, tive ocasião de ouvir daquela senhora que a doença tinha unido os membros da família não só entre si mas também com Deus.
Daí que me tenha dito que no seu caso a doença havia sido uma bênção de Deus.

4 comentários:

Joaquim Costa disse...

Lindo exemplo o desta mãe!
Parabéns e continuação de saúde.

Em contra-corrente disse...

Não há como ter fé. A fé move montanhas.

Claudia Chaves disse...

Vi pela primeira vez este blog e gostei muito. Recomendo, pelas estórias que pões.

Galera Católica disse...

Oi gente, sou Paulinho do Tribo catolica, eh primeiro parabéns pelo blog, keria pedir um favrozao, na sua lista de link, tem meu link la, keria que vcs mudasse para Galera catolica e o dominio é: http://galeracatolica.blogspot.com/

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