O testemunho desta semana chega-nos através da internet, pela mão de Maria do Rosário Gomes. Em correio electrónico, esta senhora conta-nos pormenorizadamente o que se passou com ela. Segue o resumo do que me pareceu mais importante:
Há cerca de 6 anos, casou com um rapaz, depois de um namoro "pouco demorado", dado que "o amor a isso os obrigava" e os pais de um lado e doutro achavam bem.
Meio a sério meio a brincar, pôs porém uma condição: "Se não der certo, posso escolher o bem que julgue mais precioso da casa". O namorado concordou e disse que faria ele também o mesmo, dando no entanto prioridade à mulher. Houve festa rija e os primeiros tempos foram "lindos". De vez em quando um amuo, um ralho. Mas sempre se ouviu dizer que casa não ralhada não é governada.
O pior foi quando se deram conta de que iria ser difícil terem filhos. Veio o nervosismo, as corridas para os médicos, o gasto exagerado de dinheiro. A vida em casal começou a ter problemas fortes.
A Rosário reconhece que se excedeu: os nervos sempre à flor da pele, os ciúmes, as palavras azedas; "e o meu marido fartou-se. E às vezes dizia coisas que me feriam".
"Reconheci que o nosso casamento estava estragado. Por isso disse ao meu marido que era melhor acabar com tudo. Vendíamos o apartamento, fazíamos a divisão das coisas e cada um ia tratar da sua vida."
"Acabava eu de dizer isto quando o meu homem me abraçou e me confidenciou:
– Lembras-te do que foi combinado entre nós? Pois eu escolho o bem mais importante da casa. E esse bem és tu!... És minha e não me separarei de ti! A não ser que tu não queiras mesmo viver comigo...
"Chorei toda a noite! Fizemos as pazes e conseguimos juntos ultrapassar os problemas. Não temos filhos, mas sabemos que temos o maior bem – o AMOR".
eu grito [poema 396]
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grito para dentro e o eco faz-se na cabeça, percorre a espinha
e aloja-se no coração. Grito, berro, grito berros que são gritos
são um grito com milhares ...
Há 2 horas
5 comentários:
A decisão mais sensata. E salvou duas vidas. Coragem e humildade.
FF.
Comovente testemunho, muito bonito. Se todos os casais fossem assim, o mundo seria outro.
Tem um selo para ti lá no blog, passe quando puder.
Abraços
O diálogo é muito importante no casamento, sobretudo naqueles momentos em que algum deles está mais angustiado.
Se tivesse havido esse diálogo, o casamento em referência tinha sido mais feliz.
Ainda bem que mesmo assim as coisas se consertaram.
Numa era de tanta comunicação, ainda falta tanta comunicação na família ...
Um óptimo exemplo. Obrigado pela publicação deste post. Que nos sirva de exemplo ... :)
Unidos em oração
Comovente...
não pude evitar duas lágrimas...
Exemplos a ser seguidos.
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