sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Deus Existe. Eu Encontrei-o (2)


André Frossard resumiu tudo o que lhe aconteceu na referida igreja, numa frase: «Percebi que existe uma ordem no universo e que existe Alguém no qual nos movemos e existimos e que é Deus, a quem os cristãos chamam Pai».
E o jornalista e escritor conta que muitos dos seus amigos procuraram desmistificar a sua conversão. Uns achavam que era fruto de algum desgosto ou de uma conversa ou leitura de livro religioso ou mesmo de questões filosóficas que o teriam assaltado. Mas não, reponde André Frossard, até entrar naquela igreja nunca havia posto o problema de Deus.
Outros achavam que ele, a partir da sua conversão, havia perdido o seu livre-arbítio.
«Quanto ao meu livre-arbítrio – responde Frossard – só dispus realmente dele depois da minha conversão, quando compreendi que Deus podia salvar-nos de todas as sujeições a que ficaríamos inexoravelmente acorrentados sem Ele».«Eu, que até aí detestava os padres, busquei um para me preparar para o Baptismo. Recebi com alegria os seus ensinamentos. Uma coisa me surpreendeu: a Eucaristia. Parecia-me incrível que Cristo, para ficar connosco, tivesse escolhido o pão, que é o alimento dos pobres. Descobri também que existe um outro mundo, onde acontecerá a ressurreição dos mortos. Nesse mundo que há-de vir, seremos saciados da nossa sede e fome de vida em abundância e de felicidade para sempre».
«Antes da minha conversão, detestava a Igreja Católica. O que eu lia dava-me dela uma imagem muito feia. Falavam do pecado dos seus membros, mas não contavam tudo o que nela existe de belo. Nunca me falavam dos seus santos, como Francisco de Assis, que tanto admiro».
«O Deus que eu encontrei é uma família de três pessoas. E a segunda, Jesus Cristo, viveu neste mundo, foi morto e ressuscitou».
«Quando entro numa igreja deserta, recordo-me desse dia em que, por dom de Deus, se fez luz na minha vida. Saio com mais entusiasmo para, como jornalista e escritor, dar testemunho da minha fé e da minha esperança».
André Frossard nasceu em 1915 e faleceu em 1995. Foi jornalista em vários periódicos, escritor de diversos livros e membro da Academia de Letras de França. Para além disso foi um resistente da ocupação francesa pelos nazis. E em toda a sua vida, a partir da sua conversão, deu testemunho do seu amor a Deus e à Igreja.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Deus Existe. Eu Encontrei-o (1)


André Frossard é um dos muitos convertidos à fé cristã. Ele próprio conta a sua história num livro intitulado "Deus Existe. Eu Encontrei-o." Este livro deu a volta ao mundo inteiro e suscitou entusiasmo e desprezo. Como sempre! Há quem veja e há quem não queira ver; há quem ouça e há quem não queira ouvir.
André Frossard era o filho do primeiro secretário do Partido Comunista Francês: a sua família era ateia e afastada de toda a problemática religiosa. Ele observa com fina ironia: «Na nossa casa, nem por distracção se aflorava o assunto "religião". Éramos ateus perfeitos, daqueles que nunca se interrogam sobre o seu ateísmo.»
No entanto, aos vinte anos de idade, André Frossard tem um extraordinário e inefável encontro com Deus. Ele começa assim o relato memorável desse encontro:
«Agora, acontece que, por um acaso extraordinário, conheci a verdade sobre a mais debatida das causas e sobre o mais antigo dos problemas: Deus existe. E eu encontrei-o!”
«Encontrei-o por combinação – antes deveria dizer: por acaso, se o acaso tivesse algo a ver com esta espécie de aventura. Encontrei-o com o assombro e aturdimento de quem, ao virar a esquina habitual da costumada rua de Paris, visse diante dos olhos, em vez da praça e do cruzamento de todos os dias, um mar inesperado que se estende até ao infinito, lambendo com as suas ondas as paredes das casas. Um momento de espanto que ainda dura. Nunca me habituei à existência de Deus.»
E prossegue assim o relato da sua experiência:
«Ás cinco e dez de uma tarde (era o dia 8 de Julho de 1935), entrei numa capela do bairro latino de Paris para procurar um amigo e saí às cinco e um quarto, com um amigo que não era deste mundo. Entrei céptico e ateu (…) e mais que céptico e ateu, entrei indiferente e tão preocupado com outras coisas do que com um Deus que eu nem sequer pensava em negar (…)»
«Em pé junto da porta, busquei com o olhar o meu amigo e não consegui reconhecê-lo (…)
O meu olhar passa da sombra à luz, retorna aos fiéis, sem ir atrás de nenhum pensamento, vai dos fiéis às religiosas imóveis, das religiosas ao altar e, depois, não sei porquê, detém-se na segunda vela que arde à esquerda da cruz».
Foi assim que Frossard recebeu uma luz, que o converteu completamente a Deus, como direi no próximo número.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Veja e decida por si


Só somos livres, se de facto conhecermos o que é bem ou o que é mal.
Veja este filme e depois decida livremente.

Um louvor à honestidade


Reparei que ultimamente os jornais estão a dar notícia de pessoas que acharam determinadas quantias e as devolveram.
Dei-me ao trabalho de recolher algumas, que resumo:
Um motorista do Rio de Janeiro encontrou um pacote contendo 74.000 reais e não pensou duas vezes. Se o dinheiro não era seu, tinha de procurar o dono. E encontrou-o. Era dum senhor que tinha vendido o seu camião para custear a doença da filha.
Um outro encontrou 2.100 euros num saco de plástico, numa passadeira da rua Dr. Alberto Souto, em Aveiro, e foi entregá-lo.
O agente da PSP, chefe da divisão de trânsito, nem queria acreditar no que ouvia. É que no dia anterior havia recebido um telefonema de um amigo comum, a lamentar-se por ter perdido o dinheiro pouco depois de efectuar um levantamento no banco. A denúncia já tinha sido apresentada na PSP e por isso foi necessário cumprir todos os procedimentos para fazer a entrega do dinheiro. Os três amigos, que se juntam todos os domingos para passear de bicicleta, marcaram um encontro e o dinheiro foi entregue ao legítimo proprietário.
Por outro lado, uma espanhola decidiu devolver uma carteira encontrada no chão da rua, que estava carregada de dinheiro: no total de 17 mil euros.
O caso ocorreu em Granada e aquele dinheiro até dava jeito àquela mulher, chamada Maria,
que recebe uma pensão de 800 euros, tem três filhos em casa e uma neta a caminho. Mas o dinheiro não era dela e, por isso, decidiu devolver a carteira ao proprietário com os 17 mil euros.
Como estes haverá muitos casos. Alguns são do meu conhecimento.
Ainda há muita gente honesta, felizmente!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Apóstola nas ruas de Manhattan


Recentemente, a CBN News entrevistou uma mulher de 84 anos que já há mais de 40 anos aproveita a grande movimentação das pessoas na Times Square de Nova Yorque para distribuir todo o género de material formativo para levar a Mensagem de Cristo às pessoas.
Aquela Praça americana é famosa pelas suas luzes brilhantes e espectáculos da Broadway. Mas sob o brilho intenso do néon, aquela TV encontrou Irma Moraes, que dedicou sua vida a encaminhar as pessoas para a verdadeira luz do mundo.
– Por que é que a senhora decidiu fazer isso? – perguntou a jornalista.
– Foi Deus que me mandou ir pelo mundo e levar o Evangelho a todas as pessoas, respondeu ela.Embora Irma Moraes esteja em Nova York desde 1964, ela nasceu no Brasil. Mas quando chegou a Nova Yorque viu que havia muita gente que não conhecia Jesus Cristo e decidiu anunciá-lo de todos os modos e feitios. O seu inglês continua a não ser muito fluente mas isso não a impede de falar com as pessoas e muitas até já vêm ter com ela para lhe pedir orações ou esclarecer alguma dúvida.
As pessoas habituaram-se àquela senhora e, quando têm algum problema, desabafam com ela. Tanto jovens como adultos sentem-se atraídos pelos seus brilhantes olhos e seu espírito suave, e param para falar com ela.
– O mais difícil é o frio. Faz-me sentir congelada, então tenho que ir para casa", responde ela à
repórter que lhe pergunta se aquele trabalho não é demasiado cansativo para a sua idade.
Ao escrever sobre esta senhora, penso nos colectores de "O Amigo do Povo". Também eles estão de algum modo a cumprir o mandato de Jesus, levando este jornalinho aos seus assinantes. E Deus não deixará de recompensar os seus trabalhos e canseiras.
"Evangelizar não é para mim motivo de glória. É uma obrigação. Ai de mim se não evangelizar", escreveu S. Paulo na Carta aos Colossenses.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Não há mal que sempre dure...


Hoje há muita gente que vive desanimada. As causas são muitas e variadas: desemprego; falta de dinheiro; dificuldade de educar os filhos; doenças; mortes, etc.. E as notícias que se vão ouvindo são quase todas negativas e não ajudam nada. Daí que é importante levar esperança a esta gente.Diz o povo que "não há mal que sempre dure nem bem que não acabe". O exemplo que trago hoje aos meus leitores é elucidativo dessa verdade.
Muito sofreram os cristãos de Cuba a partir do momento que Fidel Castro tomou o poder em 1959. Foram fechadas muitas igrejas, bispos, padres e leigos acusados de serem contra-revolucionários foram presos e mortos. Os actos de culto passaram a ser quase clandestinos. Mas hoje pode-se dizer que há liberdade religiosa.
A celebração dos 400 anos da aparição da imagem da Senhora da Caridade de Cobre, padroeira de Cuba desde 1916, está a mobilizar imensas pessoas. No dia 6 deste mês foi recebida em Havana com todas as honras e muito fervor e agora prepara-se para visitar escolas, universidades, hospitais e muitos outros lugares públicos numa manifestação de fé que se julgava impossível.
A imagem da Padroeira cruzará a baía de Havana de lancha para visitar o bairro de Regla, baluarte das crenças de origem africana.
As procissões religiosas, proibidas em Cuba a partir da Revolução, foram restabelecidas por ocasião da visita do Papa João Paulo II em 1998, quando o então presidente Fidel Castro e a hierarquia católica começaram uma fase de aproximação.
A imagem de Maria foi encontrada em 1612, na baía de Nipe, boiando na água sobre uma tábua, na qual estava escrito: "Eu sou Nossa Senhora da Caridade". Foi levada às minas de Cobre, onde os povoados a receberam com profunda alegria e veneração.Espera-se que a celebração do quarto centenário da sua aparição motive muita gente a aderir à prática religiosa, que foi esmorecendo com o comunismo implantado por Fidel e seus correligionários.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Uma questão de verdade


Ao defender-se das críticas de que foi alvo por parte da Pastoral da Cultura da Igreja portuguesa, José Rodrigues dos Santos escreveu: “A Igreja está com medo de quê? Que os seus fiéis descubram a verdade sobre Jesus e a Bíblia?
Mas faz algum sentido imaginar uma fé que se baseie em mitos e em falsidades? A verdadeira fé só se pode basear na verdade e a Igreja não deve temer a verdade”.
José Rodrigues dos Santos escreveu um romance e a venda dos seus livros anteriores prova que tem muitos leitores. Na ficção pode inventar o que quiser desde que não calunie pessoas ou instituições realmente existentes. Esta liberdade de expressão ninguém lha pode tirar. É um direito natural e constitucional. O problema está em vir depois dizer que o que escreveu é a pura verdade histórica, como se fosse alguém que estudou com profundidade esses assuntos.
Dan Brown, ao ser criticado por especialistas por apresentar muitos erros históricos no seu livro “O Código Da Vinci”, dizia que ninguém tinha nada com isso pois era um romance. Mas depois ia para os meios de comunicação social dizer que tudo o que escreveu tinha consistência histórica.
O autor de “O último Segredo” segue o mesmo caminho. É uma técnica de venda que temos todos o direito e o dever de criticar, pois a mentira não é um direito de ninguém.
Pelo que lhe ouvi, os grandes erros da Bíblia (ou da Igreja?!) são que Jesus não nasceu em Belém, Maria não era virgem e até tinha outros filhos, Jesus não era cristão mas era judeu, era casado, etc.. Tudo coisas secundárias que não devem perturbar o essencial da fé de nenhum cristão.
Entretanto penso que a Igreja não só tem o direito como o dever de desmascarar estas teorias pois elas não passam disso e vão contra o que sempre desde o princípio a Igreja (e a Bíblia) ensinaram. E podem mesmo ser pedra de tropeço para os menos preparados.
E estas alegações devem motivar-nos a todos a conhecer melhor a verdade histórica. Foi o que procurou fazer a Universidade de Navarra num documento elaborado para dar resposta a várias questões que têm sido levantadas por romancistas e não só. É um documento fácil de consultar e podem chegar a ele através do seguinte blog: http://socristo.blogs.sapo.pt/3297.html.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Perseguição religiosa


A cantora cristã Helen Berhane, de Mai Serwa, na Eritreia foi presa por dois anos num contentor de metal depois de ser espancada porque não quis assinar um documento negando sua fé em Jesus Cristo.
Helen sempre foi activa e preocupada com o desenvolvimento do seu país e acreditava que pudesse ter liberdade religiosa garantida pela nova Constituição da Eritreia, que se tornou oficialmente independente em 1993.
Ela ficou confinada desumanamente dentro de um contentor no deserto, onde a temperatura é sufocante durante o dia e extremamente fria à noite, mas Helen continuou firme e activa nas suas convicções pessoais, o que lhe rendeu várias agressões, até que a pior delas a levou para o hospital depois de ser considerada morta pelos guardas.
No seu livro “Canção da Liberdade” publicado neste mês de outubro, a cantora diz que conseguiu embarcar para o Sudão, de maneira milagrosa, já que não havia condições físicas de tentar escapar pela fronteira por causa dos ferimentos da perna causados pelas torturas físicas que teve.
Acredita-se que aproximadamente 3 mil prisioneiros ainda estejam nessas condições e que cerca de 2 mil deles sejam cristãos.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Um grande exemplo de superação


Conhece alguém que tenha nascido sem pernas e sem braços? Não?! Pois eu também não conhecia até há poucos dias. Mas no mês passado li uma notícia de alguém assim que ia dar o seu testemunho a jovens brasileiros e isso chamou-me a atenção. Como a notícia trazia o nome desse rapaz, investiguei na internet. E deparei-me com o que nunca imaginei existir.
E foi fácil ficar a conhecê-lo, pois a net tinha fotos, vídeos e toda a informação necessária.
Nick Vujicic nasceu em Melbourne - Austrália, a 4 de dezembro de 1982. E podemos imaginar o espanto de seus pais quando viram o seu primeiro filho a nascer sem braços nem pernas. Mas mesmo assim conseguiram superar a angústia e ajudar o seu filho a crescer. E não foi fácil nem para eles nem para o filho ser uma criança diferente das outras.
Nick conta que sofreu muito em criança e só superou as dificuldades porque os pais lhe transmitiram uma grande fé em Deus. Ao princípio pedia-Lhe que lhe desse braços e pernas para ser como os outros, mas depressa se convenceu que o importante era que Deus lhe desse forças e capacidade para superar a falta dos membros.
E foi o que aconteceu: aprendeu a usar um pequeno e mal engendrado membro que tem no lugar da perna esquerda que lhe permite saltar, andar, agarrar e até escrever no teclado do computador. A boca, os dentes, o queixo e os ombros servem-lhe de mãos.
Aos 21 anos terminou um curso universitário com um duplo diploma em Contabilidade e Planeamento Financeiro. Já desde os 17 anos que dava o testemunho da sua superação a outros jovens. Agora com um curso superior é muitas vezes requisitado para falar a grupos de pessoas de todas as idades. E comunica a sua alegria de viver e a sua fé em Deus. Crianças, jovens e adultos ficam pasmados com as suas capacidades: toca música, canta, nada, brinca com a bola, sobe e desce escadas. E, sobretudo, transmite uma mensagem de fé e esperança que faz com que muita gente não seja capaz de conter as lágrimas.
O seu testemunho de vida faz bem a toda a gente. Mas sobretudo quem vive amargurado ou deprimido não deixe de ver os seus vídeos. Encontra-os com facilidade no Yotube. Basta abrir www.youtube.com e procurar por Nick Vujicic.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Presidente da Câmara e organista na igreja


Este testemunho colhi-o no jornal "Notícias de Beja". E é um belo exemplo para os nossos políticos cristãos e não só. Por isso aqui fica.
Manuel da Luz é presidente da Câmara de Portimão mas já antes era organista e responsável pelo coro da paróquia do Alvor, serviço paroquial que não deixou de desempenhar quando passou a ser autarca, primeiro como vereador e, desde 1999, como presidente.
A colaboração de Manuel da Luz, natural e residente naquela freguesia do concelho de Portimão, é mesmo anterior à vinda do padre Manuel Leitão Marques para a paróquia, já lá vão 32 anos.
O autarca frequentou a catequese paroquial de Alvor e manteve sempre a ligação à comunidade.
"Como gosto de música, sempre colaborei com a animação litúrgica", explica com naturalidade, reconhecendo ter uma "relação afetiva com a paróquia e com as pessoas". "É uma colaboração efetiva e afetiva", acrescenta o presidente da Câmara que diz desempenhar aquela tarefa "por uma questão de convicção" e de "serviço à comunidade" porque "a celebração fica mais animada e mais viva e mobiliza mais as pessoas".
Manuel da Luz, que chegou a ser seminarista no Seminário de Faro na década de 50, durante cinco anos, e no Seminário dos Olivais, em Lisboa, considera mesmo ser "fácil" conciliar as solicitações da presidência da Câmara de Portimão com as funções de organista e responsável do coro da paróquia de Alvor. "Até ajuda", testemunha o autarca, justificando que a motivação prende-se com o facto de acreditar que a "Eucaristia faz parte da vivência cristã".
O pároco de Alvor destaca a colaboração assídua do presidente da Câmara na orientação dos ensaios e do coro, assim como a da sua mulher que também é salmista e membro do coro paroquial, e considera a mesma "um testemunho".
"Mostra que é um cristão consciente", regozija-se o padre Leitão Marques, destacando que o autarca "continuou a ser, como presidente da Câmara, o que era antes, como professor".

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A missão não tem idade




Aqui há dias veio ter comigo a Ivone (nome fictício). Queria saber o que fazer para ser voluntária durante as férias num país do Terceiro Mundo. Disse-lhe que era bom que acabasse o curso superior que anda a tirar e, entretanto, podia fazer voluntariado cá no país. Depois, se ainda tivesse interesse em ir ajudar povos de outros países, seria fácil encontrar um serviço coordenador de voluntários que a aceitasse. É que ir para outro país exige uma preparação adequada e naturalmente longa, e, assim, ir dois ou três meses não adianta.
Mas este caso vem lembrar que a nossa juventude é generosa e que há muito boa gente que passa as férias a ajudar em serviços de voluntariado.
Mas não é preciso ser jovem para se integrar no voluntariado. Mesmo para partir para as Missões.
Li há tempos na "Família Comboniana" que um casal de professores reformados em Portugal, partiu para terras moçambicanas, para se dedicar ao ensino. É a segunda vez que eles partem, pois já estiveram uma primeira vez no Norte do país, na cidade de Nampula.
Regressaram agora para o Centro de Moçambique, que tem uma cultura muito diferente da do Norte e para uma missão aonde não se chega facilmente. É preciso tomar um "táxi do mar" e mesmo assim parte do percurso é feito a pé, com água acima do joelho.
Mas porque é que vieram para esta missão com aquela idade?! A resposta veio com um sorriso e umas palavras singelas: "A missão não tem idade, o que é preciso é confiar no Senhor quando se parte. Nós estamos felizes por estarmos aqui, mesmo sendo difícil comunicar com a cidade, mas a vida é assim. Estamos convencidos de que, nesta missão-escola, vamos construindo o futuro deste país. Quem educa uma criança está ensinando um povo. É isso que nos dá felicidade, apesar de todas as dificuldades."
Seria fácil àquele casal dizer que já trabalharam muito, que já estão cansados. Que era agora tempo de gozarem o resto das suas vidas. E até tinham razão! Mas centenas de pessoas ficariam à sua espera, sem ninguém que as ensinasse.
Graças a Deus que há gente que deixa o conforto da sua casa e do seu país e vai ajudar quem mais precisa!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Um mártir da fé à maneira antiga


O julgamento de Yousef Nadarkhani fez-me lembrar as numerosas “Actas de Mártires” que chegaram até nós e nos contam os julgamentos sumários de cristãos de todas as idades e condições no Império Romano, no tempo das perseguições.
O tribunal da província de Gilan, no Irão, determinou que Nadarkhani devia renegar a sua fé em Jesus Cristo, pois ele vem de uma família de ascendência islâmica. O SupremoTribunal do Irão disse anteriormente que não deveriam determinar se o pastor Yousef tinha sido muçulmano ou não em sua conversão.
No entanto, os juízes exigiram que ele se retratasse da sua fé em Cristo antes mesmo de terem provas contra ele. Os juízes afirmaram que, embora o julgamento vá contra as actuais leis iranianas e internacionais, eles precisam manter a decisão do Tribunal Supremo em Qom.
Quando lhe pediram para que se “arrependesse” diante dos juízes, Yousef disse:
“Arrependimento significa voltar. Eu devo voltar para o quê? Para a blasfémia que vivia antes de conhecer a Cristo?”
E os juízes responderam-lhe:
“Deves voltar para a religião dos teus antepassados, deves voltar para o Islão”.
Yousef ouviu e respondeu: “ Isso era atraiçoar Jesus Cristo. Eu não posso fazer isso!”
No julgamento que aconteceu no passadop dia 28 de Setembro, Yousef Nadarkhani voltou a afirmar a sua fé em Jesus Cristo e de acordo com a Sharia [lei islâmica] foi condenado pelo crime de apostasia (abandonar o islamismo) e sentenciado à morte por enforcamento.
Este Cristão tem mulher e filhos mas põe a sua Fé acima de tudo. Ele sabe que os inimigos de Cristo podem levar até ao fim o seu ódio contra ele. Mas prefere morrer a atraiçoar o seu Deus.
Que belo exemplo para nós que nos dizemos cristãos mas renegamos a nossa fé na primeira ocasião em que ela nos traga contrariedades!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Jovens que surpreendem


Foi o caso da Miss das Filipinas, Shamcey Supsup, que no concurso de Miss Universo 2011, realizado em São Paulo – Brasil – deu uma resposta inesperada a uma pergunta do Júri.
Vivica A. Fox perguntou à concorrente durante a secção de perguntas e respostas se ela mudaria de religião para se casar com uma pessoa que ela amasse.
Shamcey Supsup respondeu:
“Se eu tivesse que mudar minhas crenças religiosas, eu não casaria com a pessoa que eu amo porque a primeira pessoa que eu amo é Deus que me criou e eu tenho aminha fé e osmeus princípios e isso é o que me faz ser quem eu sou”. E acrescentou, “E se essa pessoa me ama, ela deve amar meu Deus também”.
Supsup foi uma favorita no concurso, estando em segundo na classificação de fato de banho e nos votos do vestido da noite dos fãs.
Seu quarto lugar fez muitos se questionarem se suas crenças religiosas tiveram influência na decisão dos juízes.
Alguns comentadores sobre a colocação final de Supsup sugeriram que a sua resposta pode ter custado sua coroa, Num artigo da GMA News Online, um site de notícias para a rede de televisão das Filipinas GMA-7. Kaline Cordova disse: “Ela deu uma resposta maravilhosa sendo verdadeira sobre ela mesma e sua cultura. As pessoas não entendem porque eles não reconhecem o passado cultural do qual os filipinos vieram”.
Entretanto, a maioria dos fãs concordaram com Oprah Winfrey que disse que Supsup “merecia ganhar” e foi uma desvantagem porque as outras concorrentes tiveram intérpretes e Supsup, que respondeu em Inglês, não teve tempo adequado para suas respostas.
Por seu lado a concorrente disse: “Nós não somos juízes aí, e eu aceitei o facto de ficar em quarto lugar e já estou feliz. Eu acho que devo ficar feliz também pela Miss de Angola por ela ter ganho, e penso também que ela mereceu a coroa”.
E acrescentou: “Numa competição há [sempre] um ganhador. Alguém irá perder, alguém irá ganhar. Nós devemos aceitar as coisas como elas são. Eu penso que é isso o que faz o ganhador, não somente a coroa”.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Condenada por ser cristã


No passado dia 7 de Setembro, foi apresentada na livraria Aletheia de Lisboa .a tradução portuguesa do livro de Anne-Isabelle Tollet, repórter do canal televisivo francês France 24, em que a autora conta a história verídica de Asia Bibi, Com o título "Blasfémia - Condenada à morte por um copo de água", a obra relata a odisseia daquela mulher do Paquistão.
Tudo começou com um copo de água... Em junho de 2009 mandaram a camponesa Asia Bibi, mãe de 5 filhos, buscar água, enquantro trabalhava no campo. Outras mulheres protestaram pois, não sendo ela muçulmana, contaminaria o recipiente tornando-o impuro. Exigiram-lhe que abandonasse a fé cristã e se convertesse ao Islão, e ela opôs-se.
Em sua defesa respondeu às companheiras que "Cristo morreu na cruz pelos pecados da humanidade", e perguntou às mulheres que tinha feito Maomé por elas. Ao ouvir estas palavras, recorreram ao imã do lugar, marido de uma delas, que denunciou Asia Bibi à polícia pelo delito de blasfémia.
O artº 295 do Código Penal do Paquistão pune com a morte a blasfémia contra o profeta do Islão.
Há três meses, numa visita à prisão onde esperava julgamento, Bibi contou que o juiz Muhamed Naveed Iqbal «entrou na cela e deu-lhe a oportunidade de se converter ao Islão para ser libertada.
Asia respondeu ao juiz que preferia morrer cristã do que fazer-se muçulmana para sair da prisão».
«Não sou criminosa, não fiz nenhum mal. Fui julgada por ser cristã. Creio em Deus e no seu enorme amor. Se o juiz me condenou à morte por amar a Deus, terei orgulho em sacrificar a minha vida por ele» conta o advogado desta paquistanesa, que cita textualmente as declarações de Asia Bibi gravadas no telemóvel.
No ano passado, o Bispo Auxiliar de Lahore, no Paquistão, D. Sebastian Shaw
esteve em Portugal, a convite da Fundação AIS e deu o seu também impressionante testemunho sobre a realidade da perseguição e as dificuldades por que passam os cristãos naquele país de maioria muçulmana.
Entretanto, já foram assassinados 2 defensores de Asia Bibi. Em Janeiro de 2011, no Mercado Kohsar de Islamabad, o Governador do Punjab, Salman Taseer, foi assassinado por um elemento da sua segurança, Malik Mumtaz Hussein Qadri, por defender Asia Bibi, e por se opor à lei da blasfémia.
Em Março de 2011, o ministro das Minorias, Shabbaz Bhatti, o único cristão do governo do Paquistão, também foi assassinado pela sua posição sobre as leis da blasfémia. Foi morto a tiro numa emboscada perto da sua residência.
Há dias o filho de Shabbaz Bhatii, foi raptado em Lahore, no leste do Paquistão, informou a polícia e a família. O mais certo é suceder-lhe o mesmo.
Mas quero aqui realçar a fé destemida destes cristãos que apesar de tudo não abandonam a sua religião.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Livrou o meu filho da droga



"Quero agradecer a S. José. Ele livrou o meu filho da droga" – conta-nos um leitor através da internet.
"O meu filho era bom estudante, mas as más companhias desviaram-no. Deixou de ir à Missa e de rezar. Pior ainda: deixou de ouvir os pais. Chegava a casa fora de horas. E quanto mais eu ralhava, pior. Tenho uma grande devoção a S. José. Disse à minha mulher para rezarmos a este grande santo. Ele foi pai e sabe o que custa perder um filho. Que ele nos livre o filho das más companhias e sobretudo da droga." E continua dizendo que já não é a primeira vez que este santo lhe acode em problemas da vida. "Quando não sou capaz de lidar com uma dificuldade, recorro ao meu padroeiro e ele ajuda-me."
"Se for possível fale deste santo no nosso "Amigo". É um jornal muito lido, traz bons testemunhos e muita coisa boa. E está aí o dia dele. Que é também dia dos pais."
Agradeço ao senhor José o testemunho que ele nos fez chegar a "O Amigo do Povo".
Os santos podem, na verdade, interceder por nós. E São José e Nossa Senhora duma maneira especial. Eles criaram Jesus, o Filho de Deus. Defenderam-no de quem O queria matar ainda criança. Perderam-nO no Templo, quando aí O levaram aos 12 anos. Sabem o que são aflições.
Tem razão o nosso leitor. Ele é pai e sabe o que custa, por vezes, cumprir bem essa missão. Confiem os pais as suas aflições ao seu Padroeiro e teremos melhores pais e melhores Filhos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Os nossos idosos




Muitos idosos portugueses são maltratados. Isto é o que se depreende de um Estudo da Organização Mundial de Saúde.
Dos 53 países europeus analisados pelo relatório, Portugal surge entre os cinco piores no tratamento aos mais velhos, juntamente com a Sérvia, Áustria, Israel e República da Macedónia.
Por dia, quatro milhões de idosos são vítimas de humilhações físicas e psicológicas na Europa. A directora da OMS para a Europa, Zsuzsanna Jakab, considera a situação "muito grave". No caso específico de Portugal, este é considerado um "problema sério".
"As pessoas não têm vergonha de discriminar os idosos, ao contrário do que acontece com a discriminação por razões étnicas ou de género", considerou uma especialista na matéria, Sibila Marques, que em Maio publicou o ensaio "Discriminação na Terceira Idade", da Fundação Francisco Manuel dos Santos. "São os próprios idosos a acreditar na sua falta de valor", disse a investigadora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, aquando do lançamento da obra.
Segundo o Relatório de Prevenção contra os Maus Tratos a Idosos, da Organização Mundial de Saúde, o país tem 39,4 por cento de idosos vítimas de abusos. Os dados mostram ainda que 32,9 por cento são vítimas de abusos psicológicos, 16,5 por cento de extorsão, 12,8 por cento de violação dos seus direitos, 9,9 por cento de negligência, 3,6 por cento de abusos sexuais e 2,8 por cento de abusos físicos.
É uma vergonha o que se passa. Ainda por cima num país dito cristão.
O grande escritor romano Virgílio relata na Eneida um episódio digno de reflexão. Aquando da destruição de Tróia, Anquises, pai de Eneias, tinha já uma idade avançada e mal podia andar. Por esse motivo pediu ao filho que se fosse embora da cidade mas que o deixasse ali, pois não queria ser estorvo para a salvação do filho. E Eneias respondeu-lhe que nunca mais poderia viver em paz com a sua consciência se abandonasse o pai. E não esteve com mais: carregou aos ombros o seu pai e pegou pela mão o seu filho Iulo, até que os três ficaram a salvo.
Maltratar uma criança ou um idoso – e sobretudo um pai ou uma mãe – é uma desonra que a todos nos deveria envergonhar. E a sociedade tem de recriminar tais atitudes.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O amor duma menina indiana


É um caso de amor extremo e, por isso, merece realce. Embora ninguém goste que seus filhos o imitem, ele choca-nos no sentido positivo. Não é tirado dum romance ou duma novela. Ele aconteceu mesmo e comoveu todos os que dele tiveram conhecimento.
A menina Mumpy Sarkar, de 12 anos, fazia parte de uma família muito pobre de Jhorpara, na região de Bengala - Índia. Mridul, seu pai, precisava de um transplante de córneas, pois estava ficando cego. Ao mesmo tempo, a família sofria com a doença de Monojit, irmão de Mumpy, que precisava de um transplante de rins para não morrer. Como a família não tinha condições de pagar pelas cirurgias e achar doadores compatíveis é sempre um desafio, o desespero tomou conta de todos.
Mumpy acreditou que tinha a solução para todos os problemas. Ela iria matar-se e seus órgãos seriam doados para seus entes queridos. Porém, o bilhete suicida em que explicou seus motivos e o desejo de ajudar o pai e o irmão só foi encontrado após ela ser cremada, como é costume na Índia. Somente então Monica, irmã mais velha de Mumpy, contou que sabia do plano da irmã mais nova e disse que ela tentou inclusive convencê-la a fazer o mesmo, caso algo desse errado. Mas Mónica não aceitou.
Mumpy bebeu uma grande quantidade de pesticida sozinha e morreu mesmo depois de ter sido levada a um hospital da região. ”Demorámos muito para entender os sentimentos de uma criança muito sensível”, lamenta Mridul. Sua esposa, Rita, teve de ser internada, após entrar em estado de choque com a notícia.
Ao saber do ocorrido, políticos locais se comprometeram a ajudar a família oferecendo auxílio médico. E assim a morte da menina não foi em vão.
Deixo aqui este caso, não para que alguém copie este exemplo – o suicídio é sempre de condenar! – mas para que meditemos no exemplo de amor extremo que esta criança nos deixou.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Uma Mãe com cinquenta filhos




A história de Flordelis é real e até já mereceu ser contada no filme “Basta Uma Palavra para Mudar”.
Exemplo de determinação e coragem, Flordelis enfrentou tudo e todos para criar cinquenta crianças. A maioria delas tinha um histórico desanimador: foram vítimas de abusos físicos ou sexuais, tiveram pais alcoólicos ou drogados, e passaram parte da vida nas ruas.
Criada numa favela, Flordelis acostumou-se a ver pessoas a morrer assassinadas e envolvidas no tráfico. “Eu tive sorte de ter uma mãe presente, mas o que mais me doía era ver amigos sem pai e/ou mãe a viver nas ruas, dependendo de alguém para conseguir alguma coisa para comer, fugindo de tiros e confrontos. Isso sempre me doeu no coração. A minha vocação tem a ver com isso por causa da minha história. Vi isso acontecer de perto” conta.
Seu trabalho começou com o projecto “Evangelismo da madrugada”, que consistia basicamente em sair de casa todas as sexta-feiras à meia-noite, deambulando de favela em favela do Rio de Janeiro, tentando resgatar jovens envolvidos no tráfico de drogas. Flordelis ficou famosa pelo seu trabalho de recuperação, até que as próprias mães, quando não tinham condições de criar os filhos, passaram a procurá-la pedindo ajuda.
A primeira adopção aconteceu após uma visita à Central do Brasil. Lá ela encontrou uma mãe que havia tido bebé há apenas 15 dias e que confessou ter jogado a criança no lixo. Flordelis resgatou a menina e, dias depois, um grupo de crianças foi até sua casa, procurando a segurança e a estabilidade de um lar. As portas estavam abertas e foi assim que a família de Flordelis começou a crescer.
Além da óbvia complexidade em se ter 50 filhos dentro de casa, Flordelis também enfrenta alguns desafios para administrar e manter o seu serviço. “Para sustentar toda a família é muito difícil. Contamos com a ajuda de moradores da nossa comunidade. Herbert José de Sousa, conhecido como Betinho, activista dos direitos humanos nos ajuda há muito tempo também. Junto disso tem o dinheiro das vendas dos meus CD’s que sairam pela MK. Outra coisa que ajuda muito é que o Instituto da Criança é quem paga o aluguer na nossa casa” relata.
Flordelis é também cantora e pastora numa igreja. E, apesar da dificuldade, procura ser uma mãe presente. E conta que se preocupa sobretudo com as filhas adolescentes. “É uma idade complicada e cheia de questões, então sempre separo um tempo para estar conversando com elas sobre tudo. Mas uma coisa que sempre deixo claro para os meus filhos é que só conseguiremos vencer se continuarmos juntos e se tiver o apoio deles, que é o essencial” diz.
Apesar das grandes dificuldades, a “mãezona”, como lhe chamam, jamais abriu mão de nenhum dos seus filhos e seu exemplo de fé e determinação tem influenciado muitas mulheres pelo mundo. “

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Portugueses confiam na igreja


Um estudo realizado pelo grupo GFK para determinar os níveis de confiança que os cidadãos têm em relação a 20 profissões e organizações profissionais, foi há dias divulgado e mostrou que os portugueses continuam a confiar nos bombeiros, nos professores e nos carteiros mas desconfiam cada vez mais de advogados e políticos.
Este estudo foi feito em 19 países, a grande parte da Europa, e mostrou que Portugal acredita mais nos professores e nos militares do que a média europeia, e é também dos que mais confia nas organizações de defesa do meio ambiente (79 pontos dados por Portugal, contra os 67 da média dos países europeus).
Já os advogados e juízes merecem muito menos credibilidade para os portugueses do que para os restantes europeus participantes no estudo (36 pontos contra 52 em relação a advogados, e 44 contra 63 em relação a juízes). Portugal é também dos que menos confia nos políticos, sendo neste caso os Estados Unidos o campeão da confiança.
Quanto à confiança depositada na Igreja Catílica essa continua alta, sendo que 69 por cento dos ouvidos no referido estudo diz confiar nessa Instituição.
Um anterior estudo mostrou que a confiança depositada na Igreja Católica recebe um índice de confiança de 70 por cento dos portugueses e 63% consideram que Deus é «extremamente importante» nas suas vidas.
Na altura alguns meios de comunicação social estranharam os resultados desse estudo, promovido pelo Instituto de Ciências Sociais – sob coordenação dos professores Manuel Vilaverde Cabral e Jorge Vala – integrado numa investigação da Fundação Europeia para o Estudo dos Valores, sobre os valores e comportamentos dos portugueses. Mas o certo é que o recente estudo do grupo GFK veio confirmar a confiança que os portugueses continuam a depositar na Igreja Católica.
Pelo que se vê, nem os muito falados escândalos de pedofilia abalaram essa confiança, que não é só dos praticantes mas também de muitas outras pessoas.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Se acreditar chegasse?!...


Um novo estudo da Gallup sobre a crença em Deus chegou à conclusão que 92 por cento dos americanos dizem que acreditam em Deus.
Este estudo é dos finais do passado mês de Maio e revela que a percentagem dos crentes em Deus pouco diminuiu desde 1944. Mesmo os jovens, os liberais e as pessoas com grandes habilitações literárias dizem, em grande número, acreditar em Deus.
Se formos analisar o que se passa no resto do mundo, chegaremos à conclusão que grande parte dos países tem uma grande maioria de gente a acreditar em Deus. Não é pois a fé em Deus que está em causa. O que é mesmo importante é que a fé seja acompanhada de obras de amor a Deus e ao próximo.
Uma fé intelectual não vale nada. “Fé sem obras é morta” – diz-nos S. Tiago e vem na Bíblia.
Isto faz-me lembrar uma conversa que ouvi há dias a um miúdo. “Eu rezo quando tenho testes” – dizia-me.
“E então não achas que isso é muito pouco?!” – perguntei-lhe.
E imediatamente outro me respondeu: “É como a gente viver com os nossos pais e só falar com eles quando precisamos que nos dêem alguma coisa.” E eu agora acrescento que acreditar na existência de Deus é como acreditar que os nossos pais existem e até estão a nosso lado. Mas se isso não nos move a amá-los e a fazer a sua vontade, de nada aproveita.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Irmã Dulce dos pobres




Enquanto em Lisboa se viviam ainda os ecos da beatificação da Irmã Clara do Menino Jesus, no Brasil, era aclamada como beata a Irmã Dulce, a “Santa Dulce da Baía”. A beatificação teve lugar no passado dia 22 de Maio em S. Salvador da Baía.
Muitos chamavam-na “Irmã Dulce dos pobres”, pelos milhares de indigentes que atendia, mas a verdade é que outros gostavam mais de chamá-la de “Santa Dulce da Baía”, como fazia o escritor Jorge Amado.
Professora, aos 18 anos entrou para o Convento das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em Sergipe. Em 15 de agosto de 1934, fez a sua profissão de fé e voltou a Salvador. Começou o seu trabalho num barracão, para onde levava doentes e desabrigados. Depois ocupou um pavilhão abandonado e, despejada pelo proprietário, transformou o galinheiro do Convento Santo António em albergue para os pobres.
Anos depois, em 1959, a Irmã Dulce conseguiu um terreno para construir o Albergue Santo António. Em 1970, foi fundado o Hospital se Santo António, ao lado do albergue, obra que hoje possui mais de 1.000 camas e atende cerca de 4.000 pessoas por dia. A Irmã Dulce também abriu um orfanato para 300 menores e passou muitos anos saindo diariamente para pedir donativos de porta em porta. A sua obra foi crescendo e ela percebeu que era preciso trocar as ruas pelos gabinetes das autoridades e empresários, num trabalho incansável atrás de verbas. Abnegada, a freira baiana viveu pobre entre pobres como franciscana. Em 1990, com os pulmões abalados e sérios problemas respiratórios, entrou numa agonia que durou 16 meses, até ser levada do hospital para o Convento Santo António, onde morreu, em 13 de março de 1992. “Quero morrer aos lado dos pobres”, pediu.
Como vemos, esta é uma santa do nosso tempo. O que nos vem lembrar que ainda hoje há pessoas que dedicam toda a sua vida a ajudar os mais pobres. Sinal de que a luz da Fé ainda brilha e o sal não perdeu a sua força.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Padres artistas


Vale a pena ver e ouvir

sábado, 21 de maio de 2011

Beatificação da Irmã clara


quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Mãe dos pobres


Já escrevi aqui há tempos sobre a Irmã Maria Clara do Menino Jesus, que muitos comparam a Teresa de Calcutá, por causa da sua dedicação aos pobres. Mas porque ela vai ser apresentada ao povo português e à Igreja, no próximo sábado, como testemunha de santidade, volto a referir um pouco da sua vida.
Fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, criou há 140 anos uma extensa obra social em Portugal que apoia crianças, idosos e famílias. Uma Obra que se espalhou por 28 comunidades, 14 países, e conta com milhares de religiosas.
Nasceu ela em 1843, recebendo no baptismo o nome de Libânia do Carmo; viveu os seus primeiros anos no aconchego dum lar feliz e nobre em todos os sentidos, mas uma epidemia arrebata-lhe a mãe aos sete anos e o pai aos treze. Conhece a orfandade, sendo recolhida com outros órfãos no Asilo da Ajuda, podendo lá admirar e beneficiar da materna solicitude das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo que procuravam reatar o crescimento daqueles botões de vida assustados; mas uma perseguição religiosa expulsa as Irmãzinhas de Portugal, e Libânia vê desabar novamente o «tecto familiar» que a resguardava.
Acolhida depois por uma família rica, Libânia podia então gozar as riquezas do mundo mas escolheu a vida simples e dedicada aos mais pobres no convento adjacente das Capuchinhas de Nossa Senhora da Conceição. Acolhida na comunidade, Libânia muda o nome para Irmã Maria Clara do Menino Jesus.
Dado que a perseguição em Portugal impedia a profissão religiosa no país, ela e mais duas foram até França para fazer o noviciado na casa que a Ordem Terceira Regular de S. Francisco de Assis tinha em Calais.
“Tendo conhecido as grandes obras de caridade que lá realizavam as Irmãs, Maria Clara e suas companheiras, ao regressarem a Portugal, adoptaram com a maior perfeição possível a mesma Regra, os mesmos costumes e o mesmo hábito”: lê-se na súplica de aprovação feita pela fundadora à Santa Sé, que a acolheu favoravelmente concedendo às Irmãs Hospitaleiras de Portugal “os mesmos privilégios espirituais de que legitimamente goza a supramencionada Congregação francesa” (Rescrito Pontifício).
E assim nasceu a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, que em 1999 tinha 140 obras sociais, sendo 44 hospitais, 41 colégios e escolas, 17 asilos de infância, 18 asilos de inválidos, 4 creches, 6 cozinhas económicas, 9 hospícios e 2 pensionatos e estava presente em 14 países.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Apaixonado pela Obra do P.e Américo


Partiu para o Pai, no passado dia 22 de Abril, um dos mais antigos colaboradores da Obra do Padre Américo. O Padre Carlos José Galamba Bragança Ferreira tinha 85 anos e era natural de Lisboa. Era o mais antigo sacerdote da Obra da Rua lançada pelo padre Américo. E foi o responsável pela continuação das ideias do "Pai Américo" depois da sua morte.
Natural da freguesia de Lisboa, Carlos Galamba fez o curso de Engenharia e Electrotecnia. E, segundo contava, ouviu pela primeira vez falar do Padre Américo em Oliveira do Hospital, em 1943, onde estava com o pai que tinha um problema de saúde, e foi aconselhado a passar ali uma temporada. O então engenheiro Galamba já tinha um estágio marcado na Hidroeléctrica do Zêzere.
Ouvindo ali falar na Obra, desde logo, a quis conhecer e depressa se apaixonou pelo seu trabalho social e de apoio aos pobres, a ponto de pensar seriamente em se pôr ao seu serviço.
Em 1945 teve acesso ao primeiro número do jornal “O Gaiato” e o desejo de se entregar à Obra vem ao de cima e leva-o a conhecer o seu Fundador e a mudar o rumo da sua vida.
Depois de ser ordenado sacerdote, em Lisboa, veio para Paço de Sousa. Logo se tornou director da Obra da Rua e trabalhou com o fundador. À morte do Padre Américo, em 1956, foi o escolhido para supervisionar todo o trabalho desenvolvido pela Obra que tentou sempre manter fiel aos ensinamentos do "Pai Américo". Um "visitador dos pobres e dos bairros degradados", que queria "ser família dos que não têm família", referiu o padre Galamba numa homenagem da Diocese de Coimbra ao padre Américo, em 2009.
Muitos antigos “gaiatos” consideravam-no seu verdadeiro “pai”. E de facto ele deu-se a inúmeros rapazes sem colo maternal, sem afecto paternal, amando-os numa doação total como um pai acolhe os filhos.
Recorde-se que as Casas do Gaiato foram criadas para acolher, educar e integrar na sociedade crianças e jovens que, por qualquer motivo, se viram privados de meio familiar.
Actualmente, as três Casas do Gaiato (em Portugal) acolhem cerca de 150 rapazes. Em África, mais do dobro recebem o mesmo apoio.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cantando o dom da vida


Miriam Fernández ficou famosa quando ganhou em 2008 a II edição do programa televisivo espanhol “Tú sí que vales” (Tu sim tens valor), da Telecinco, com uma interpretração que cativou imensos espectadores. Os vídeos que depois apareceram no Youtube alcançaram número impressionante de visitas.
Aos 20 anos de idade, Miriam é talvez a cantora e compositora juvenil mais querida da Espanha. E usa o seu talento para defender a vida e transmitir uma mensagem de fé: "Deus não manda nada que não possamos suportar" – diz ela.
Miriam nasceu com paralisia cerebral e os médicos diziam que, aos 15 anos, não caminharia, e só me arrastaria; mas hoje caminho com ajuda de um andarilho" – explica ela. A sua mãe, adolescente, ignorou a proposta de realizar um aborto e optou por entregá-la para adopção. Por isso diz-se eternamente grata a sua mãe biológica que a deixou viver. Assim como à família que a acolheu e apoiou em todos os sentidos.
"Na minha vida passei momentos duros, como a morte do meu pai e a do meu irmão. São momentos em que se pergunta a Deus: «porquê?». Mas, no final de todas as escuridões, sempre vi luz; sempre vi que tudo serve para alguma coisa; que Deus não manda nada que não possamos suportar", assegura Miriam. E elogia a formação que recebeu na família adoptiva e nos colégios religiosos em que estudou.
"A música foi a minha salvação numa infância dura, quando outras crianças riam de mim. Continuei cantando e vi que cantar por cantar não é o mesmo do que fazê-lo sabendo que assim ajudamos os demais", sustenta. Na sua carreira de cantora, Miriam enfrenta críticas por apoiar as campanhas pró-vida, assim como comentários negativos às suas canções nas redes sociais". Dizem: "Não deveria ter uma posição tão firme". Mas ela dá valor à vida que lhe deixaram viver e sabe que muitos seres humanos são vítimas do aborto.
Agora que ganhou fama e tem quem a ouça, aproveita para compor as suas canções, onde canta o dom da vida e diz a todos que é feliz, apesar da sua deficiência física.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Valeu a pena acreditar!...


Há quem apregoe que não há milagres. Mas os exemplos de miraculados são muitos e não digam isso aos que alguma vez se sentiram beneficiados por alguma cura.
Está neste caso a religiosa Marie Simon-Pierre Normand, do Instituto das Pequenas Irmãs das Maternidades Católicas. Ela foi diagnosticada com Mal de Parkinson em 2001. Segundo o testemunho da freira, a cura do Mal, pela intercessão de João Paulo II, aconteceu entre 2 e 3 de junho de 2005, quando ela tinha 44 anos.
Com a notícia do falecimento do Papa Woityła – também ele afectado ppor igual doença –, a Irmã Marie e suas companheiras de Congregação começaram a invocar o falecido Pontífice para que intercedesse ppor sua cura.
"Após o diagnóstico da minha doença, era difícil para mim ver João Paulo II na televisão. Sentia-me, no entanto, muito próxima dele na oração e sabia que podia compreender aquilo que ele vivia. Admirava também a sua força e coragem, que me estimulavam a não me entregar e a amar este sofrimento. Somente o amor teria dado sentido a tudo isso. Era uma luta quotidiana, mas o meu único desejo era de vivê-la na fé e aderir com amor à vontade do Pai", testemunha Irmã Marie.
O anúncio do falecimento do Papa João Paulo, a freira diz que sentiu como se o mundo tivesse vindo abaixo.
"Acabava de perder o amigo que me compreendia e me dava forças para seguir adiante. Naqueles dias, senti um grande vazio, mas tive também a certeza da Sua presença viva", relata.
Em 14 de Maio – um dia após a dispensa pontifícia dos cinco anos de espera para o início da Causa –, as irmãs de todas as comunidades francesas e africanas começam a pedir incessantemente a intercessão de João Paulo II para a cura de Irmã Marie.
Em 2 de junho de 2005, cansada e oprimida pela dor, a religiosa manifesta à Superiora a intenção de ser libertada do trabalho profissional, num hospital, como enfermeira. No entanto, a Superiora convida-a a confiar na intercessão de João Paulo II. A Irmã Marie passa uma noite tranquila e, ao despertar, sente-se curada.
As dores desaparecem e não sente nenhuma rigidez nas articulações. Era o dia 3 de junho de 2005, festa do Sagrado Coração de Jesus. Ao procurar o seu médico, ele constata a cura. O que dura até agora.
"O que o Senhor me permitiu viver por intercessão de João Paulo II é um grande mistério, difícil de explicar em palavras ... mas a Deus nada é impossível ", exclama.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A coragem da Fé


Perante o sofrimento de tantas pessoas por doenças, perdas de entes queridos, etc., etc., vale a pena conhecer e meditar no exemplo da jovem Chiara Luce. Trata-se de uma rapariga italiana de 18 anos que gostava de patinagem, montanhas e mar. "Era uma menina cheia de vida: gostava de rir, cantar e dançar” – conta a sua mãe. Os primeiros sintomas da doença sentiu-os aos 17 anos, enquanto jogava ténis. Chegou a casa pálida e cheia de dores. “Senti uma dor muito forte no ombro – contava ela – tão forte que a raquete caiu da minha mão”. O primeiro médico que a examinou pensou tratar-se de uma distensão. Mas exames posteriores deram a conhecer a gravidade da doença. Uma TAC (tomografia axial computadorizada) revelou o que ela tinha: um osteosarcoma – um cancro nos ossos.
"Naquele dia, – lembrava a mãe – eu não pôde acompanhá-la, porque estava com flebite e o médico tinha-me proibido qualquer movimento. Depois de duas horas intermináveis, Ruggero (o pai) e Chiara voltaram. Ela vinha na frente, caminhando lentamente, vestida com a sua jaqueta verde. Tinha o rosto sombrio e olhava para o chão. Perguntei como tinha sido e ela, sem me olhar, respondeu: 'Não diga nada agora', e jogou-se na cama com os olhos fechados.
Aquele silêncio era terrível, mas eu tinha que respeitá-lo. Eu olhava para ela e pela expressão de seu rosto via toda a luta que estava travando interiormente para dizer o seu ‘sim’ a Jesus. Passaram 25 minutos. De repente ela voltou-se para mim, com o sorriso de sempre, dizendo: 'Agora você pode falar'.
"Naquele momento eu perguntei-me quantas vezes ela iria ter que repetir o seu sim, no sofrimento. Mas Chiara precisou, como eu já disse, de 25 minutos, e desde então nunca mais voltou atrás".
Chiara veio a falecer em 7 de outubro de 1990. Ela mesmo havia preparado tudo: os cânticos de seu funeral, as flores, o penteado, o vestido de noiva, para a sua 'festa de núpcias' com o Senhor. "As suas últimas palavras – que não foram o seu último acto de amor, porque esse foi a doação das suas córneas a dois jovens – quando se despediu, foram: 'Tchau mamã! Esteja feliz, porque eu estou feliz'", recorda a mãe, Maria Teresa.
Há poucos meses esta jovem foi apresentada como modelo de Fé a todos nós, na sua beatificação. Que todos os que sofrem tenham bem presente o seu exemplo de coragem e fé.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

São os jovens hoje mais responsáveis?



Segundo o jornal El Mundo, o Centro Nacional de Estatísticas de Saúde (NCHS) inquiriu 13.495 pessoas, com idades entre 15 e 44 anos, sobre as suas identidades sexuais e hábitos de sexo. E de acordo com esse estudo os jovens estão a ter um comportamento mais responsável na questão das relações sexuais: 29% dos rapazes e 27% das raparigas inquiridos entre 2006 e 2008 disseram nunca ter tido qualquer acto sexual com outra pessoa. Estes números são francamente mais elevados que os 22% verificados no anterior inquérito, realizado em 2002.


A abstinência sexual torna-se ainda mais comum se os cálculos estatísticos incluírem apenas os inquiridos que na altura tinham entre 15 e 17 anos: 58% das raparigas e 53% dos rapazes nunca tinham tido encontros sexuais. Entre os 20 e os 24 anos, 13% dos rapazes e 12% das raparigas também eram ainda abstinentes, quando em 2002 esta faixa etária se ficava pelos 8%. Por outro lado, um relatório recentemente divulgado, com o título "Comportamento Sexual,


Atracção Sexual e Identidade Sexual nos Estados Unidos", revela que a abstinência está a aumentar entre os adolescentes norte-americanos. Os primeiros impactos já se fazem sentir no nível de doenças sexualmente transmissíveis. Estes estudos dizem-nos que os jovens são actualmente mais responsáveis no que diz respeito à promiscuidade sexual. A abstinência ganha cada vez mais popularidade entre os jovens dos Estados Unidos da América. Um terço dos norte-americanos com idades entre os 15 e os 24 anos nunca tiveram um contacto sexual, incluindo penetração, sexo oral ou outros tipos de relação sexual.


Por mim, acredito que o que se passa nos Estados Unidos não será muito diferente do que se passa no mundo. E com isto todos ficam a ganhar: os jovens porque se defendem de contágios infecciosos e se preparam melhor para um eventual compromisso familiar; a sociedade porque pode contar com indivíduos mais saudáveis e com formação de famílias mais estáveis.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Beatificação de jovem assassino


O caso é inédito mas vale a pena conhecê-lo. Trata-se do processo de beatificação do jovem francês Jacques Fesch, que foi guilhotinado em 1957 por matar um polícia e ferir outra pessoa durante um roubo. A sua conversão radical aconteceu na prisão, nos meses que antecederam a sua morte, aos 27 anos.

A conversão deste jovem foi apresentada à investigação diocesana, em 1987. O então Arcebispo de Paris, Cardeal Jean Marie Lustiger, orientou uma elaborada reflexão sobre a vida de Fesch e obteve a autorização da Congregação para as Causas dos Santos para abrir formalmente a causa de beatificação em 1993.

"Declarar santo a alguém não significa para a Igreja admirar os méritos dessa pessoa, mas propor um exemplo da conversão de alguém que, independentemente de sua caminhada humana, foi capaz de ouvir a voz de Deus e se arrepender. Não há pecado tão grave que impeça o homem de chegar a Deus, que lhe propõe a salvação", disse o Cardeal Jean quando abriu a investigação. "Espero que, um dia, eu o venere como uma figura da santidade", acrescentou. O processo concluiu a sua fase diocesana e seguiu há pouco para Roma.

Na história da Igreja Católica, só houve um outro caso precedente de alguém condenado à pena capital que tenha se convertido e, posteriormente, chegado à honra dos altares: o bom ladrão, crucificado junto a Jesus Cristo, há mais de dois mil anos. O jovem Jacques Fesch nasceu em 6 de Abril de 1930, em Saint-Germain-en-Laye. Era filho de um rico banqueiro de origem belga, ateu, distante do filho e infiel à esposa, da qual pediu divórcio. Ele próprio também acabou por casar civilmente mas fazia uma vida de playboy. O crime cometido por Jacques aconteceu em 24 de Fevereiro de 1954, quando tentou roubar o cambista Alexandre Sylberstein, com o objectivo de financiar a compra de um barco que o levaria ao longo do Oceano Pacífico. Na fuga matou um oficial de polícia que o perseguia mas acabou detido.

Logo após sua prisão, Jacques era indiferente à sua situação e ridicularizava a fé católica de seu advogado. No entanto, após um ano, o jovem assassino experimentou uma profunda conversão e arrependeu-se profundamente de seu crime.

A última coisa que escreveu no seu diário foi: "Em cinco horas, verei a Jesus". Foi guilhotinado em 1 de outubro de 1957.

Após a morte, sua esposa e filha honraram sua memória como exemplo de redenção. No princípio, tal reconhecimento foi depreciado pelo público, mas o trabalho de uma freira carmelita, irmã Véronique, e do padre Augustin-Michel Lemonnier fez com que a família publicasse o diário espiritual que Jacques havia escrito na prisão, páginas que serviram e servem de inspiração para muitas pessoas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Marcelo Candia, o santo moderno


O nosso mundo materialista e pagão precisa de santos como de pão para a boca. De pessoas que dêem exemplo de amor a Deus e ao próximo em grau elevado. E o testemunho que apresento esta semana é de um Cristão com maiúscula.
Marcelo Candia era um bem sucedido empresário italiano, figura modelar de leigo cristão que vivia o Evangelho. Um dia, resolveu vender a sua indústria química e transferir-se para o Brasil.
Com o lucro da venda da sua empresa, construiu para os pobres o Hospital São Camilo, no Amapá, confiando-o posteriormente aos padres médicos camilianos. Passou, em seguida, a viver na colónia-leprosário de Marituba, partilhando a sua vida com os leprosos, visitando a Europa para angariar fundos para os seus doentes, ainda mais quando o governo desactivou a cidade-leprosário que ficou praticamente a seu cargo, de dom Aristides Pirovano, ex-bispo de Amapá, e de padres e irmãs.
Marcelo não deixou nada escrito, mas somente o testemunho de sua vida de apóstolo da caridade, que se despojou de tudo e seguiu a Cristo, servindo aos pobres: o exemplo de um santo moderno que fez da riqueza um meio para a sua santidade. Ao concluir o processo diocesano para a beatificação de Marcelo, o então cardeal Martini, de Milão, sintetizou a sua vida em poucas palavras:
«Marcelo Candia é o modelo do leigo comprometido, dedicado, corajoso, que levou ao extremo a palavra de Cristo de vender tudo e de se pôr a serviço dos pobres, dos últimos, com toda a sua riqueza».
Marcelo Candia é o santo dos tempos modernos: dois títulos universitários, tenente de artilharia durante a Segunda Guerra, industrial de sucesso que dava o justo valor ao dinheiro, sempre envolvido em obras de solidariedade, provava com sua vida que as riquezas podem ser instrumento de santidade heróica e que um rico se pode tornar santo.
A grandeza do Dr. Marcelo brotava da sua vida de fé e de caridade. Era um empresário livre, como foi um santo livre. Não pertencia a nenhum movimento, nem instituto religioso e definia-se, simplesmente, como um "baptizado" que via nos pobres e, especialmente, nos leprosos, a imagem de Cristo sofredor e rejeitado pela sociedade opulenta e acomodada. Quando se fixou em Marituba, dividia a sua vida com os leprosos, sem nenhuma separação ou restrição em relação aos doentes e gostava de conviver com eles.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Exemplo para todos nós


Os mais novos sabem bem de quem se trata. Muitos, sobretudo raparigas, são seus fãs. Falo do cantor do Canadá, Justin Bieber, de 16 anos, uma das grandes sensações recentes da música internacional.
O que muitos não sabem é que ele é muito religioso e não se importa de o dar a conhecer. A “Paramount Filmes” lançou há dias um documentário intitulado “Justin Bieber: Never Say Never”. No filme, Bieber é apresentado a rezar e a dar graças antes dos shows e das refeições, além de outras expressões de sua fé cristã. Há ainda um depoimento de sua mãe Pattie Mallette, no qual ela fala como a fé a ajudou a estabilizar a sua vida como mãe solteira.
O documentário vem acompanhado de um “guia de recursos espirituais” para aqueles que estão interessados. O guia inclui versículos bíblicos relacionados com o filme que podem ser usados em pequenos grupos. “O filme é uma oportunidade para ensinar as nossas crianças sobre o poder da esperança, da oração, da fé e da família”, diz o guia.
Numa entrevista, em Novembro, à Associated Press, o cantor contou como a fé cristã o manteve com os pés no chão vivendo em Hollywood. “Sou cristão, acredito em Deus, eu creio que Jesus morreu numa cruz por meus pecados. Eu acredito que tenho um relacionamento e eu sou capaz de falar com ele e, realmente, Ele é a razão por que estou aqui, então eu definitivamente tenho que me lembrar sempre disso”, afirmou.
Um dos pontos que chama a atenção é o depoimento da mãe do cantor que revela como conheceu Cristo. Pattie Mallette foi abusada sexualmente quando criança e cresceu num lar desfeito. Na sua adolescência, começou a abusar do álcool e drogas e, pouco depois, fugiu de casa. Ela também tentou o suicídio e estava internada num hospital psiquiátrico quando um homem veio falar-lhe do amor de Deus e a ajudou a recebê-Lo em seu coração.
“Eu nunca fui casada. Eu vim para o Senhor, quando eu tinha 17 anos, mas logo após aceitar a Cristo, eu voltei a seguir as minhas próprias decisões e fiquei grávida“, revelou. “Percebendo o que eu tinha feito, voltei para Deus de todo coração, implorando-lhe que me perdoasse. É realmente um incrível testemunho da misericórdia de Deus e da graça. E o amor genuíno de pessoas na igreja que me incentivaram“.
A mãe de Justin educou-o na fé e agora é ele que dá testemunho da sua crença religiosa sem qualquer respeito humano. Ele diz abertamente que é contra o aborto e as relações sexuais sem amor.

sábado, 5 de março de 2011

Ministro católico paquistanês é morto por defender as minorias daquele país.


O Ministro das Minorias paquistanês, Shahbaz Bhatti, foi baleado em plena luz do dia quando seguia no seu carro acompanhado pelo seu motorista, na capital do país, Islamabad. Estaria a dirigir-se para o trabalho quando o incidente ocorreu, declarou a polícia, citada pela BBC News.

Shahbaz Bhatti tinha 42 anos e era o único cristão do corpo de ministros. Já tinha recebido ameaças de morte pela sua reforma da lei da blasfémia.

A lei da blasfémia defende a sentença de morte para quem insultar o Islão. Alguns críticos diziam que esta estava a ser usada para perseguir pequenas minorias.

Em Janeiro, o governador de Punjab, Salman Taseer, também morreu assassinado por um dos seus guarda-costas por ter a mesma posição em relação à lei.



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Arrependido de praticar abortos


Morreu o homem que se arrependeu de praticar milhares de abortos.
Veja aqui

Abriram-me a porta do Céu



O P.e. Carlos Torriani, missionário italiano do Pontifício Instituto de Missões Exteriores (Pime), está na Índia desde 1969. "Os leprosos abriram-me as portas do céu": assim começa ele, quando lhe pedem para contar a sua vida entre esses doentes.
"Quando cheguei a Bombaim, em 1969, a Índia já tinha bastante sacerdotes locais para as suas paróquias. O governo, pelo contrário, estava a preparar-se com a ajuda da Organização Mundial da Saúde para controlar a lepra. O lema que gravei na lembrança da minha ordenação sacerdotal era a frase de Cristo: «Fui enviado para levar a Boa Nova aos pobres, anunciar a libertação aos oprimidos».
“Decidi, então, pôr-me ao serviço dos leprosos. A prefeitura de Bombaim demarcou-nos dois grandes quarteirões, Chemburg e Kurla, com um milhão de moradores”.
“Comigo havia mais dois missionários: a enfermeira Luisa Marchesi e o médico dr. Salafia. Fomos procurando os que tinham a doença ou sinais de infecção e contámos mais de 4 mil leprosos no território a nós confiado. Estávamos nos anos oitenta".
“E, assim, em 1984, estávamos em Talosa, a 40 quilómetros de Bombaim. O terreno que nos foi doado era muito grande e então começámos por cultivar o arroz e as verduras que comíamos. Também nos auto-sustentávamos com a venda de mangas. Depois nasceu o desejo de orarmos juntos e, como na comunidade havia pessoas que professavam religiões diferentes: 5 católicos, 4 muçulmanos, 3 budistas e todos os outros hindus, me perguntei: «Se para rezar eu necessito do crucifixo, do Sagrado Coração ou da imagem de Nossa Senhora, também os outros têm a mesma necessidade de algo que lembre a fé deles e que os ajude a entrar num clima mais religioso».
“A partir disso, senti a exigência de criar um espaço para que eles se sentissem em casa. Comecei então a interessar-me pelos símbolos das diversas religiões que se professam na Índia”.
E assim nasceu "A Porta do Céu", como lhe chamou o Padre Carlos Torriani.
Lá os doentes trabalham, são apoiados e, o que mais importa, rezam, conforme a própria religião, numa capela ecuménica, mas numa solidariedade incomum entre grupos de religiões tão diferentes, como cristãos hindus, budistas e até ateus.
E o Pe. Carlos conclui: "Os doentes, como pedras rejeitadas pela sociedade, lembram que Cristo também se fez pedra descartada – como diz o Evangelho – mas salvou o mundo comodista, salvando esses doentes, colocando-se ao lado deles".

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sessenta e três mil


Nos últimos três anos e meio, foram feitos em Portugal mais de 63.000 abortos. Quer isto dizer que, desde que foi aprovada a liberalização da ‘interrupção voluntária da gravidez’, por dia, nos nossos hospitais públicos, foram mortos cerca de 50 seres humanos.
Por estranho que pareça, desta forma de guerra não declarada aos seres humanos nascentes não se ocupam os meios de comunicação, embora sobejem provas nas estatísticas da DGS, da Direcção-Geral de Saúde. Lembramo-nos certamente das frequentes manchetes, logo amplificadas pelas emissoras de rádio e televisão, dos textos comprometidos, dos casos convenientes e das repetidas reportagens que foram construindo, durante anos, uma narrativa inquestionável sobre o aborto clandestino. A essa verdade única e oficial, não raro reduzida a uma retórica da ‘humilhação’, bastavam deduções, ‘estudos’, extrapolações, para garantir que havia um ‘problema de saúde pública’, um ‘flagelo’ que urgia resolver. Não importava que a realidade fosse notícia, mas que a notícia se tornasse realidade.
Surpreendentemente, o aborto, uma vez legalizado, como que desapareceu; há 63 mil abortos contabilizados que não são notícia. E poder-se-iam acrescentar muitos outros motivos de admiração: que ninguém questione os custos directos e indirectos do aborto – mais de 100 milhões de euros; que não suscite qualquer reparo dar a Segurança Social igual subsídio a quem tem filhos e a quem aborta; que mais de metade dos 20 mil abortos a pedido realizados em 2009 tenham ocorrido na região mais rica de Portugal; que um dos principais activistas da liberalização do aborto pontifique no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida; que esse novel presidente se mostre, agora, preocupado com as largas centenas de mulheres que fizeram do aborto método de planeamento familiar (340 abortaram duas vezes em 2009).
O mal cria habituação. Quatro anos depois não podemos continuar a ignorar, a ignorar que há desastres maiores e mais graves do que a dívida soberana. Hoje, 11 de Fevereiro, dia de luto, é também dia de luta.
Belmiro Fernandes Pereira

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A melhor coisa que lhe aconteceu


Por vezes chegam-nos testemunhos ricos donde menos eram esperados.
Há dias, Paris Tassin, mãe solteira, compareceu a uma audição no Ídolos Americano (“American Idol”), no Estado de Louisiana nos Estados Unidos da América. E aí, ela contou, com lágrimas, a sua decisão de continuar com uma gravidez não planificada e de alto risco.
Tassin tinha 18 anos quando soube que estava grávida. O bebé sofria de hidrocefalia, uma doença caracterizada pela acumulação de fluido dentro do crânio.
“Os médicos disseram-me que eu não devia levar avante a gravidez, e que as coisas correriam mal se tivesse a criança”, disse Tassin.
Apesar disso, ela recusou submeter-se a um aborto, e disse que a sua filha Keira é agora uma criança de quatro anos de idade e muito saudável. A única complicação médica que surgiu é a de que Keira ouve mal e por isso tem que usar próteses auditivas.
“Ela é a melhor coisa que me aconteceu na minha vida", disse Tassin. "Eu canto para ela.”
Tassin impressionou os juízes com “A minha casa temporal” (“Temporary Home”) de Carrie Underwood. A canção fala àcerca dos desafios de uma mãe solteira. Ela foi seleccionada para cantar no concurso, que irá decorrer em Hollywood, no Estado de Califórnia.
Tassin é pois um bom exemplo que merece ser conhecido e seguido.
Quantas mães vivem hoje angustiadas porque cometeram o erro de dar ouvidos a maus conselheiros que as levaram ao aborto!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Salvou uns 10 mil judeus


Em 20 de Dezembro de 2010, faleceu, aos 98 anos de idade, o arcebispo Giovanni Ferrofino, núncio apostólico emérito no Equador e no Haiti, que salvou cerca de 10 mil judeus durante a 2ª Guerra Mundial, como colaborador do Papa Pio XII.
Gary Krupp, judeu, fundador da Pave the Way Foundation (PTWF), surgida em Nova York, explicou a ZENIT que Dom Ferrofino "talvez tenha sido a maior testemunha, em vida, dos esforços de Pio XII para salvar a vida dos judeus que a nossa Fundação entrevistou".
"Pio XII enviou-o como emissário a Portugal, solicitando vistos para que os judeus pudessem entrar no país", revela. Depois, Dom Ferrofino continuou o trabalho de assistência quando foi enviado como secretário da nunciatura da República Dominicana.
Numa entrevista que Ferrofino gravou para a PTWF, o prelado revelou a frustração que Pio XII manifestou, batendo a mão na mesa, ao ver que os americanos não haviam ajudado a "salvar esta vibrante comunidade" – referindo-se aos judeus.
O então Pe. Ferrofino recebeu regularmente, na República Dominicana, telegramas codificados de Pio XII, entre 1939 e 1945. Pessoalmente, decodificou essas mensagens e, com o núncio apostólico, Dom Maurílio Silvani, apresentou diversas petições ao general Rafael Trujillo, presidente da República Dominicana, "em nome do Papa Pio XII".
"O Vaticano tinha conseguido voos transatlânticos da Europa - explica Krupp. E isso aconteceu pelo menos duas vezes por ano, somando um total de 1.600 vistos por ano para os judeus que escapavam através de Portugal e da Espanha. Dom Ferrofino também ajudou esses refugiados a emigrar para Cuba, México, Estados Unidos e Canadá. Salvou, sob instruções directas de Pio XII, mais de 10 mil judeus."
O reconhecimento do trabalho de Pio XII e da Igreja Católica em favor dos judeus foi dado por muitos judeus que o testemunharam, entre os quais o físico de origem judaica Albert Einstein : "Somente a Igreja ousou opor-se à campanha de Hitler de suprimir a verdade. Nunca tive um interesse especial pela Igreja antes, mas agora sinto um grande afecto e admiração porque somente a Igreja teve a coragem e a força constante de estar da parte da verdade intelectual e da liberdade moral".

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Exemplo a seguir


Tirou o mestrado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e há dias apresentou um livro. Nada disto mereceria comentários não fora o facto de o autor ser portador de paralisia cerebral.
“Foram desafios que venci", afirmou à Lusa, Nuno Meireles, natural de Amarante.
Um problema no parto transmitiu a Nuno Meireles, de 34 anos, uma deficiência física profunda que o impede de escrever com as mãos. Apesar das limitações físicas, desde criança manifestou a sua inteligência e o seu inconformismo, desenvolvendo a faculdade de usar os pés para escrever.
Inicialmente, aprendeu a usar um lápis ou uma esferográfica para obter bons resultados. Mais tarde, adaptou-se ao teclado de uma máquina de escrever, que chegou a usar na escola primária, evoluindo depois para o computador.
Actualmente, sentado numa cadeira de rodas, utiliza o computador para estudar e comunicar com os amigos através da Internet, compensando as limitações de mobilidade.
O gosto pela leitura levou-o a escrever o seu primeiro livro em 2007, uma autobiografia intitulada "A Vida e eu".
"Eu sempre gostei de ler e escrever. Depois de escrever o primeiro, não queria ficar por aí", disse à Lusa, referindo-se ao segundo livro, um romance com mais de 400 páginas, escrito ao longo de um ano, intitulado "Duas vidas. Um destino". "É a história de duas pessoas, uma de classe mais pobre e outra de classe mais abastada", explicou.
É normal ouvir-se dizer que quem tem sonhos que dificilmente realizará é um “sonhador”. Nuno Meireles talvez não tenha ouvido ninguém chamar-lhe isto. Mas decerto muitos o pensaram.
Agora é ocasião de ver que o sonho – como a fé – move montanhas e “querer é poder”.
Que olhem para este exemplo todos os que sofrem contrariedades na sua vida e sigam este exemplo.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dia Mundial da Lepra


Dia 30 de Janeiro é o Dia Mundial da Lepra.
Esta foi a doença mais temida de algumas décadas para trás. Entretanto encontrou-se a cura.
E, segundo os planos da Organização Mundial da Saúde
(OMS), o contágio deveria estar completamente debelado em 2005.
Ao invés, há ainda 20 milhões de infectados e quase 400 mil novos
casos a cada ano. À base de antibióticos, a cura é fácil e barata,
mas ainda pesa o estigma social que marginaliza os infectados.
E a inaptidão física que a doença provoca, perpetua a pobreza.
A Igreja tem ainda hoje um papel de grande relevo na ajuda a estes doentes.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pró-Vida censurado


A Autoridade para a Comunicação Social (ERC) abriu um processo, em 10-1-2011, e ameaça punir, com pesada coima e suspensão de tempo de antena, o partido Portugal Pro Vida (PPV) por causa de uma queixa relativa à inclusão de imagens («7 segundos»!) reais de fetos abortados, no seu tempo de antena televisivo, de 22-10-2010.

Veja a resposta do Partido Portugal Pró-Vida em
aqui.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A única verdade é amar


No dia 30 de Janeiro, celebra-se o Dia Mundial do Leproso. Este Dia Mundial foi criado pela ONU, em 1954, a pedido de Raul Follereau, que nasceu em Nevers, França, em 1903 e morreu em Paris, em 1977.
Com uma brilhante carreira médica, abandonou-a quando se deparou com os leprosos, em África. Não mais pôde dormir descansado no conforto da sua casa. Este médico francês foi pelo mundo contactar o maior número de leprosos, abraçá-los, levar-lhes alívio e auxílio. Dirigiu-se aos governos e cidadãos dos países desenvolvidos, a pedir-lhes ajuda para o seu tratamento e cura.
É ele que conta:
«Pedro tinha 15 anos e estava leproso. Separado da família e dos amigos, sabia a gravidade da sua doença e por isso pensava que não tinha mais furturo à sua frente. Mas um dia viu um homem a seu lado que lhe segredou:
– Estou aqui para te curar!
O menino levantou a cabeça. E um breve sorriso inundou-lhe o rosto:
– Mas esta doença não tem cura...
– Estás enganado, disse-lhe o visitante. Eu sou Raul Foullereau e vou curar-te.
E, semanas mais tarde, o menino escrevia ao seu benfeitor, agradecendo-lhe o tratamento que lhe estava a dar visíveis melhoras.
Foullereau deu 32 vezes a volta ao Mundo, ao serviço dos doentes de lepra. Visitou Portugal em 1957 e 1968. Abraçou os doentes do Hospital Rovisco Pais. Até ao fim da vida lutou com todas as capacidades para conseguir que estes doentes fossem tratados como seres humanos, como nossos irmãos. Ainda em sua vida surgem, em vários países, as associações dos leprosos, sob a sua protecção. Em Portugal, a Associação Amigos Raoul Foullereau (APARF) nasceu, há 15 anos, sob a sua inspiração.
A APARF é uma iniciativa dos Missionários Combonianos. Herdeira dos ideais de Foullereau, prossegue a sua mensagem de amor, lutando contra a lepra e todas as lepras como era o seu desejo, seguindo o seu testemunho de vida.
– A maior desgraça que vos pode acontecer é não serdes úteis a ninguém. Porque a única verdade é amar, escreveu o famoso médico.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Liberdade de ensinar


Mais uma vez nos referimos a este assunto da liberdade de os pais escolherem a escola que desejam para os seus filhos. E isto porque, como é sabido, este governo está de novo a pôr em causa um direito que os diversos tratados a que Portugal aderiu reconhecem. «Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos», diz a Declaração Universal dos Direitos do Homem. E a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia reza assim: «São respeitados (...) o direito dos pais assegurarem a educação e o ensino dos filhos de acordo com as suas convicções religiosas, filosóficas e pedagógicas.
O que se está a passar em relação aos colégios ou escolas particulares com contrato de associação que ministram ensino gratuito, em pé de igualdade com as escolas públicas, é de uma injustiça sem limites. O governo, para além de limitar muito a sua contribuição, ainda quer deixar de o fazer às escolas que tenham ensino público que as possa substituir.
Mas as escolas particulares não são supletivas do ensino oficial. São um direito reconhecido e uma forma enriquecedora e feliz de o Estado cumprir o seu dever neste campo. Muitas delas permitem já aos pais a liberdade, ainda que relativa, de escolher a escola para os seus filhos, em regime de ensino gratuito e de igualdade. Estas escolas, que integram a rede pública, são escolas particulares com contrato de associação. Mas nem se respeita esta rede nem os contratos feitos antes.
As alterações que o Governo se prepara para introduzir no ensino privado, para poupar 70 milhões de euros num ano, têm provocado reacções em vários quadrantes da sociedade. O Presidente da República, Cavaco Silva, pediu bom senso, prometendo assumir as suas responsabilidades caso isso não se verificasse. Nas entrelinhas, estaria o veto presidencial numa altura em que o diploma se encontrava em cima da mesa para análise em Belém, mas o diploma acabou por ser promulgado.
Como disse João Dias da Silva, secretário-geral da FNE: “O sector não estatal não pode ser esganado na sua qualidade e garantia de ensino e aprendizagem”.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Só não vê quem não quer...


Hoje trago para aqui dois factos que mostram a realidade espiritual da Europa. O primeiro é fruto duma fé religiosa que está na alma de grande parte dos europeus. O outro é elucidativo da marginalização a que é votada a religião cristã nas mais altas instâncias da Europa, discriminando-a mesmo face a religiões muito minoritárias neste continente.
No dia 27 de Dezembro de 2010, o presidente da Real Federação Espa-nhola de Futebol, Ángel Ma-ria Villar, e o treinador da selecção espanhola, Vicente dei Bosque, deslocaram-se a Santiago de Compostela para ofere-cerem ao Apóstolo São Tiago a taça do Campeonato Mundial de Fute-bol, conquistada pela Espanha.
Quando fazia a oferta, Villar recordou que em Fevereiro de 2010 representantes da Federação de Espanha estiveram em Santiago para celebrar o centenário da organização e pedir "ajuda para superar os desafios no futebol espanhol a partir de então".
Num breve discurso diante duma multidão de gente, Ángel Maria Villar destacou a "devoção" própria e do mundo do futebol pelo padroeiro da Espanha e recordou que no mês de Abril de 2010 jogadores e dirigentes da selecção tinham pedido a São Tiago o sucesso no campeonato do mundo de futebol, realizado na Áfri-ca do Sul. E agradeceu:
"Era muito o que lhe pedíamos, mas confiávamos que atenderia o nosso pedido. E atendeu. Estamos hoje aqui com a Taça nas nossas mãos para brindar pelo nosso sucesso, porque, o Senhor, São Tiago, também nos ajudou a ser campeões do mundo".
Em contraponto, depois de muitos protestos, a Comissão Europeia vai fazer uma errata à agenda escolar que distribuiu por 3,2 milhões de estudantes em toda a Europa. A agenda, que custou a Bruxelas mais de 5 milhões de euros, assinala todas as festas religiosas judaicas e islâmicas, mas não as festas cristãs, como o Natal e Páscoa.
Afinal , os que trazem sempre na boca a palavra democracia mais uma vez deixaram o rabo de fora para que saibamos bem quais são as ideias de quem nos governa.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Visitadores de presos


Lembro-me como se fosse hoje da conversa de duas jovens num transporte público. Uma mostrava a sua estranheza por a outra lhe dizer que todas as semanas ia ao hospital visitar os doentes.
– Mas é alguém da tua família?!
– Não! – dizia-lhe a outra. – São pessoas que estão hospitalizadas e que não têm visitas.
– Mas não tens mais nada que fazer?!
É esta estranheza que se apossa de algumas pessoas por verem outros a tirarem horas do seu tempo para fazerem voluntariado.
Mas felizmente nem todos pensam assim. Eu lia num jornal – “o Diário Iol” – um artigo que falava nos visitadores de presos, deste modo:
Entram na prisão por vontade própria e regressam todas as semanas. Não foram condenados por nenhum crime, mas a vida empurra-os para trás das grades. São os visitadores.
Há uma definição que gosto muito, dada por Valdeci, "o visitador é o amigo que chega depois de todos os outros se terem ido embora"», explica ao tvi24.pt Cláudia Assis Teixeira, visitadora há seis anos.
Todos os sábados, homens e mulheres dão o seu tempo a quem tem demasiado tempo nas mãos: os reclusos. Privados da liberdade, o que mais lhes custa é a ausência. Estrangeiros ou com a família a viver longe, há quem não recebe visitas de ninguém enquanto está preso.
Dentro do sistema os reclusos não têm nome, são apenas números. Para os visitadores não se aplica. «Eles sabem que para nós não são um número, são o "João", a "Rosa", e isso é fundamental», afirma Cláudia ao tvi24.pt.
São muitos milhares – jovens e adultos, homens e mulheres – e de todos os níveis culturais, as pessoas que dão algum do seu tempo aos outros. Neste Ano do Voluntariado é bom darmos conta de que nem todos se deixam levar pelo individualismo e egoísmo e sabem dar algum do seu tempo aos que precisam.