quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Um novo ano


Que esperamos do novo ano? A acreditarmos no que diz a comunicação social, espera-nos um ano muito difícil, onde os trabalhadores e as classes desfavorecidas terão de apertar ainda mais o cinto.
Amargura-nos a consciência de impotência que sentimos perante essa dura realidade. Mas o derrotismo e o pessimismo não constróem. Problemas há e sempre haverá mas é preciso acreditar que está ao nosso alcance fazer com que o ano presente seja melhor que o anterior.
Mais uma vez o Papa chama a atenção para o problema da paz. E este não é só uma questão de guerras entre as nações e de conflitos mais ou menos localizados. É também ausência de condições mínimas de sobrevivência por parte de centenas de milhões de pobres e doentes, por causa da ganância de indivíduos e grupos sociais. Para além da falta de respeito pela vida alheia.
Procuremos todos que este seja um ano de mudança, a caminho de um mundo mais justo e mais fraterno.

É isto que desejamos para todos os que passam por aqui.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O Papa nem falou nos gays

Todo mundo já viu (até no Jornal Nacional!), todo mundo já leu que o Papa teria afirmado, no discurso de Natal à Cúria Romana, que "salvar gay é tão importante quanto salvar florestas", segundo a Reuters. O título caiu no gosto de editores em todo canto, pois foi reproduzido ipsis litteris pelo Estadão, pelo O Globo, pela BBC Brasil e sabe mais por quem...

Já posso até imaginar a Gaystapo (vi essa felicíssima expressão na internet, assim que eu lembrar o autor eu coloco aqui) organizando aquelas demonstrações de intolerância típicas do "pluralismo" atual: todo mundo quer que a Igreja seja tolerante, mas ninguém quer ser tolerante com a Igreja.

O Papa na reunião de ontem. Como é fácil botar palavras na boca do sucessor de Pedro... Foto Max Rossi/Reuters

Pois bem, o discurso do Papa está aqui, em italiano. Essa frase do Papa, segundo a qual "salvar gay é tão importante quanto salvar florestas", simplesmente não existe. Verdade que a Reuters não colocou isso entre aspas, mas o fato é que no discurso não há nada nem remotamente parecido com isso.

O que o Papa realmente disse?

As florestas tropicais merecem, sim, nossa proteção, mas não a merece menos o homem, como criatura.
A Reuters publica corretamente muitas das aspas do Papa, mas escorrega justamente no principal, que escolheu como manchete. Uma escolha absurda, feita apenas para chamar a atenção, sem compromisso nenhum com a verdade. O Papa diz que é importante salvar o homem - todos os homens, não apenas os gays - da autodestruição.

Na verdade, eu percorri o discurso todo e nele não existe uma menção qualquer à homossexualidade. O que o Papa faz é a defesa do casamento. A Reuters escreveu:

Ele afirmou que os comportamentos que vão além das relações heterossexuais são "a destruição do trabalho de Deus".
Mas o discurso afirma

Aqui se trata do fato da fé no Criador e na escuta da linguagem da criação, cujo desprezo seria uma autodestruição do homem e, assim, uma destruição da própria obra divina.
Enfim, a Reuters pega toda uma abordagem sobre o comportamento humano, a vontade de ser autosuficiente, o orgulho que faz o homem prescindir de Deus, e a reduz... a sexo. "Frangamente", como diz a Tamara, lá da comunidade Católicos do Orkut...

Visto em Eles não sabem

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Feliz Natal para todos!


O Menino escolheu nascer pobre, Ele que tinha tudo.
Para nos dizer que os bens materiais não são tudo.
Mas todos precisam de um mínimo para se sentirem pessoas.

Esta é uma quadra de pensar nos outros, sobretudo nos mais pobres.

Aqui na minha paróquia alguma coisa se faz nesse sentido. É uma forma de acolher a mensagem de Jesus.

Bom natal para todos!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Uma carta comovente

De uma leitora identificada, recebemos cópia duma carta que mandou à filha e que muito nos comoveu. Aqui a deixamos para os leitores poderem também saborear:

«Querida filha:
Nas vésperas de Natal estou um pouco mais comovida, por me lembrar de ti quando nasceste. Eras pequenina! E linda como o Menino do presépio.
Então eu era uma jovem cheia de vida e de sonhos. E tu ajudaste-me a realizá-los.
Porém, agora começo a sentir-me cansada e velha. Peço-te, pois, que tenhas paciência comigo.
Se eu durar mais uns anos, é provável que me torne para ti um peso. No dia em que eu não for mais a mesma, tem paciência e compreende-me.
Quando deixar cair comida na toalha ou na minha roupa, desculpa-me. Também tu fazias isso quando eras pequenina.
Se eu repetir as mesmas coisas que já me ouviste vezes sem conta, lembra-te das histórias que eu tive de repetir para adormeceres ou para sossegares.
Se eu alguma vez sujar a minha roupa, por não conseguir controlar as minhas necessidades fisiológicas, não te chateis nem ralhes comigo. Quantas vezes eu tive de te mudar as fraldas e a roupa para andares sempre bem cheirosa e asseada.
Não me reproves se eu não quiser tomar banho. Os velhos são como as crianças. Insiste comigo que foi o que eu fiz contigo.
Quando achares que eu não sei nada do mundo de hoje, não faças pouco de mim. Compreende-me! Lembra-te que quando eras pequena também te tive de ensinar a andar, a falar, a comer ... e tantas outras coisas.
Se alguma vez eu não quiser comer, insiste comigo mas não te aborreças. Também tu me deste muito trabalho na hora de te alimentar.
Se eu começar a ter dificuldade em andar, não me deixes para aí a um canto. Não te peço que me leves ao colo, mas apoia-me e ajuda-me como eu há anos tive de fazer contigo até conseguires andar sem qualquer dificuldade.
Por último, não leves a mal se alguma vez te disser que preferia morrer. Não é para te acusar de falta de carinho ou por já não gostar de viver contigo. Tu és o que mais amo e mesmo depois de partir continuarei a agradecer a Deus a querida filha que Ele me deu. Só espero que tu sejas tão feliz com os teus filhos como eu sou contigo. Mas sabes, a vida de dependência que tenho de levar é muito difícil. E às vezes desanimo.
Que Deus me ajude!
Tua mãe que nunca te esquece. Ana»

Novo blog

Após cem mil visitas ao nosso blog, recomeçamos um blog novo.
O título é o mesmo, mas muda a direcção no Blogger.
Sede Benvindos!

Ver o antigo em Veja para crer

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Estará a religião em crise?


Há algumas notícias surpreendentes. E a seguinte é uma delas. Informam as agências noticiosas que o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, vai converter-se ao catolicismo, abandonando o anglicanismo, após deixar o governo no próximo dia 27 de Junho. E dizem que a notícia tem como fonte o sacerdote católico Michael Seed, que já esteve na origem de outras conversões de figuras gradas da Inglaterra.
Contactado pelo jornal, o padre Seed não negou ter feito esse comentário, mas especificou que não sabia se Blair será recebido «formalmente» no seio da Igreja Católica, para o que teria que participar numa cerimónia conhecida como o rito de iniciação cristã para os adultos, seguida da confirmação e da comunhão.
«Ele vai à missa católica todos os domingos. Vai sozinho quando está no estrangeiro, e não se limita a fazê-lo quando está na companhia da sua mulher e dos seus filhos», explicou aquele sacerdote.
Outra fonte da Igreja consultada pelo jornal precisou que Blair já é católico «de desejo» e não necessita como tal de uma conversão formal.
Afinal não é apenas o novo Presidente da França que acha que a religião é fundamental e que “hoje em dia é mais importante abrir lugares de culto nas grandes áreas urbanas que inaugurar lugares desportivos".
Se nos limitarmos a ouvir o que dizem “os fazedores de opinião”, podemos pensar que a Igreja Católica vive mergulhada numa grande crise – uns deixam de praticar, outros mudam-se para novas seitas. Mas a realidade é bem diferente. Na maior parte dos países a Igreja Católica está a crescer e as estatísticas confirmam-no.
Ainda há pouco publicámos uma notícia vinda da América:
”Um recente estudo feito a pedido da Conferência Episcopal da Califórnia mostra que a população católica está a crescer a um ritmo três vezes superior à não católica. Em todos os Estados Unidos, a situação é semelhante, embora sem chegar às espectaculares cifras da Califórnia. Por este andar, prevêem-se, para 2025, uns oitenta e três milhões de católicos, em toda a América do Norte”.
Mesmo em Portugal, os jornais noticiaram que ainda no Domingo, 20 de Maio, as estradas de acesso a Fátima entupiram quase como o tinham feito em 13 de Maio. E esperam-se grandes enchentes todos os Domingos, sobretudo em 10 de Junho.