quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Uma vida que renasceu

O serviço aos outros traça a vida de Pedro Santos que se dispôs a ajudar na “Comunidade Vida e Paz”, depois de ele próprio ter sido ajudado por esta instituição. Agora, Pedro Santos coloca a sua vida numa missão de amor onde encontrou uma família e se sente amado.
Levado pelas encruzilhadas da vida, foi toxicodependente e durante 20 anos os seus dias eram marcados pela obsessão do consumo. Pequenos delitos levaram-no a cumprir pena de prisão, altura em que se deparou com a essência fútil da sua vida. “Havia duas opções: continuar até ao final ou sofrer e libertar-me, consegui optar pela segunda!” Foi há sete anos que a escolha tudo ditou
Hoje, Pedro Santos empresta a sua vida na construção do Bem Comum. Na Comunidade Vida e Paz, como monitor de armazém, Pedro ajuda na recolha de bens e na distribuição a quem mais precisa. Foi nesta instituição que descobriu que a vida vale a pena. "Ajudaram-me a descobrir que a parte física e psicológica são importantes mas o equilíbrio e a estabilidade só se consegue num tripé em que está também a área espiritual que todos nós temos.” Agora acredita que Deus tem um plano de amor para todas as pessoas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Portuguesa é mulher do ano


Pelo Natal de 2007, trouxe aos meus leitores a notícia de que uma hospedeira portuguesa estava a fazer no Bangladesh uma obra extraordinária de apoio a crianças desprotegidas.
Agora essa mesma rapariga, Maria do Céu da Conceição, de 32 anos, acaba de ser escolhida como Mulher do Ano dos Emiratos Árabes Unidos, onde vive.
Esta hospedeira, numa das suas viagens em serviço, deparou-se com a miséria no Bangladesh e não conseguiu ficar indiferente. Criou, então, uma ONG (Organização Não Governamental) para ajudar as famílias carenciadas de Dhaka , uma cidade do Bangladesh. O seu projecto – "DHAKA project" – cedo começou a dar frutos ensinando crianças, ajudando as famílias através de vacinação, cuidados de higiene e alimentação, e ministrando ofícios a homens e mulheres.
Esta portuguesa é uma mulher com uma força incrível, patente nas imagens que mostram o seu esforço diário para ajudar aquela população. Com o seu ordenado como hospedeira, e muitas outras ajudas que constantemente pede, consegue pagar a muitos funcionários. principalmente os mais jovens, por uma vida melhor.
Maria, como é conhecida, estava nomeada na categoria de Humanitária do Ano pela criação em 2005 do “Projecto Dhaka”, mas acabou por vencer também o galardão principal, tendo sido escolhida, entre 19 finalistas, Mulher do Ano nos Emirados Árabes Unidos.
Mais importante que os dois troféus que levou para casa, revela a jovem portuguesa, é a visibilidade que a distinção traz para as suas causas. "Esta distinção dá-nos visibilidade, ajuda a captar patrocínios e vai permitir dar novas asas aos projectos. Estavam mais de 400 pessoas na gala, da alta sociedade dos Emirartos àrabes e, no final, muitos vieram falar comigo para apoiar a minha acção humanitária. São pessoas com muito dinheiro, que, se quiserem, podem ajudar a fazer uma grande diferença".
Com o impulso conseguido com a distinção, Maria ambiciona agora abrir um orfanato no Brasil - que quer baptizar de Flora em homenagem a uma patrocinadora que faleceu recentemente - e criar outras iniciativas que possam "mudar o mundo das crianças”

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Escolas católicas


Os colégios católicos figuram entre as melhores escolas da tabela de 2009 elaborada pelo Diário de Notícias. Entre as dez escolas com melhores notas nos exames nacionais estão sete colégios católicos. Disciplina, exigência e desenvolvimento integral da criança são as fórmulas comuns a todos estes colégios.
No Colégio de S. José de Coimbra, o corpo docente é sujeito a acções de formação sistemáticas. Mas na origem do sucesso está também uma liderança forte, estável, que permite garantir a continuidade do projecto educativo, reconhece a irmã Maria da Glória Cordeiro, directora desta casa da Congregação de S. José de Cluny.
A matriz religiosa influencia a formação integral que se quer para cada criança, reconhece abertamente. Há orações no início das aulas, celebrações, facultativas ou obrigatórias, aulas de religião, catequese e preparação para a confissão ou a primeira comunhão. O acompanhamento próximo dos estudantes e a coordenação com os pais é outra explicação para os bons resultados.
Para garantir o aproveitamento escolar, os professores destes colégios católicos têm horas para dúvidas e dão apoio personalizado. Muitos alunos complementam o estudo com explicações. No secundário assume-se uma preparação séria para os exames nacionais e o trabalho, já intensivo, é reforçado. Em Coimbra, há dias inteiros só de revisões e os resultados estão à vista. Em 975 alunos, houve três retenções.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Vicentinos em Festa


A Sociedade São Vicente de Paulo, conhecida como Obra dos Vicentinos, está em festa, pois celebra este ano os 150 anos da sua chegada a Portugal. Este é um movimento católico e internacional, fundado em Paris em 1833 por Frederico Ozanam. Esta sociedade inspirou-se no pensamento de S. Vicente de Paula (nascido a 1581 em Paris e falecido em1660).
Inspirado pelo seu amor a Deus e aos pobres, Vicente de Paulo foi o criador de muitas obras de caridade. A sua própria vida foi uma história de doação aos irmãos pobres e de amor a Deus.
Trazida para Portugal há 150 anos, A Sociedade de S. Vicente de Paula tem confortado e ajudado materialmente muita gente. Nenhuma obra de caridade é estranha aos Vicentinos. Sua acção compreende qualquer forma de ajuda, por contacto pessoal, no sentido de aliviar o sofrimento e promover a dignidade e a integridade do homem, levando a sua ajuda a quantos dela precisarem, independentemente de raça, nacionalidade, credo político ou religioso e posição social.
O seu trabalho é a própria mensagem do evangelho em acção: “Eu estava com fome, eu estava com sede, eu era estrangeiro, eu estava doente, eu estava na prisão... e cuidaste de mim”. Mt 25,35s.
Os vicentinos organizam-se em grupos, tradicionalmente chamados conferências, que se reúnem com frequência e estão unidos por meio de conselhos, de escalão local, regional, nacional e mundial. Visitam os seus assistidos nas suas casas e também nos hospitais, asilos, prisões ou onde estiverem, como se fossem um membro da família. A todos levam o pão e uma palavra amiga.
Conheço esta Obra desde há muitos anos, tendo mesmo sido vicentino, e sei por experiência própria o bem que faz.
Estão de parabéns todos os que com ela colaboram.