sábado, 11 de setembro de 2010

A Igreja tem muita gente a ajudar


Corria acesa a campanha eleitoral na Bélgica. Um deputado da extrema-esquerda dirigia a palavra a mi-lhares de operários, em Bruxelas. Depois de ter apregoado a liberdade, criticado o capital, defen-dido as nacionalizações, elogiado os trabalhadores, exaltado o povo, atacou duma maneira agreste e desenfreada a Igreja Católica.
Acabado o discurso, perguntou se alguém desejava tomar a palavra. Adiantou-se um operário que disse assim:
– Eu não estudei, e não sei responder ao que disse o orador. Conto apenas um caso:
Há meses adoeceram os meus dois filhos. Uma freira vinha com frequência visitá-los, trazendo-lhes sempre alguma ajuda. As crian-ças curaram-se. Como a doença era contagiosa, a minha mulher caiu de cama, logo a seguir, com o mesmo mal. A Irmã levou as duas crianças porque ninguém em casa podia tratar delas. To-mou também sobre si o cuidado da minha mulher, que finalmente começou a levantar-se. Então caí doente também eu, mas a Irmã vinha sempre visitar-nos, trazia remédios, ajudava a minha mu-lher na vida da casa e tratava-me com muito jeito e caridade. Por último a Irmã contraiu o mesmo mal e não a tornámos mais a ver. Soube hoje que morreu. Não te-nho mais a dizer (Mensageiro do Coração de Jesus, de Itália, 1951, pág. 390).
A impressão causada por es-tas palavras não se descreve. A palavra humilde e sincera daquele operário valeu mais que todos os argumentos.
Disse Jesus: «Conhecerão to-dos que sois meus discípulos se tiverdes caridade uns para com os outros» (Jo 13, 35). E o após-tolo São João: «Filhinhos, não amemos de palavra e com a lín-gua, mas por obra e de verdade (1 Jo 3, 1f3). Foi este o exemplo dado pela boa Irmã.

2 comentários:

Joaquim Costa disse...

Vale a pena conhecer a história da igreja naquilo que ela tem de grande - o amor aos irmãos mais pobres. Ela é a história do amor e da graça de Deus e da infidelidade do homem.

Carissimos disse...

SE não fosse a igreja o mundo ainda estaria pior.
Quem duvida?