
“Tudo começou aos doze anos – apenas dois anos depois da primeira Comunhão –, quando decidi não mais me confessar, achando que bastava pedir perdão directamente a Deus. O meu fascínio pela ciência, em particular pela astronomia, desenvolveu em mim uma visão materialista da realidade, fazendo-me desembocar num ateísmo convicto aos quinze anos. Obrigada pelos pais a ir à Missa, aos dezassete anos senti claramente a presença de Deus no momento da Comunhão. Compreendi que Deus afinal existe, mas abandonei a Missa, que considerava uma simples cerimónia para recordar a Deus”.
“No entanto, aquele chamamento aos dezassete anos motivou o meu regresso à Missa aos vinte e quatro anos, acompanhado de grande alegria. E foi então que Deus me atraiu a consagrar-me inteiramente a Ele: no momento de me deitar, quando me preparava para adormecer, brotou dentro de mim um súbito e espontâneo desejo de uma entrega total a Deus, desejo jamais sentido ou imaginado e com o qual agora, inexplicavelmente, me identificava por completo. Não resisti, entreguei-me à sua vontade e procurei-a no silêncio da oração. E foi o silêncio tornando-se cada vez mais o habitat natural da minha alma”.
O referido livro, que se lê num fôlego, pode ser adquirido numa boa livraria ou pedido para “Edições Tenacitas” de Coimbra pelo tel. 239 712 865 ou por e-mail: geral@tenacitas.pt.