sexta-feira, 13 de maio de 2011

Apaixonado pela Obra do P.e Américo


Partiu para o Pai, no passado dia 22 de Abril, um dos mais antigos colaboradores da Obra do Padre Américo. O Padre Carlos José Galamba Bragança Ferreira tinha 85 anos e era natural de Lisboa. Era o mais antigo sacerdote da Obra da Rua lançada pelo padre Américo. E foi o responsável pela continuação das ideias do "Pai Américo" depois da sua morte.
Natural da freguesia de Lisboa, Carlos Galamba fez o curso de Engenharia e Electrotecnia. E, segundo contava, ouviu pela primeira vez falar do Padre Américo em Oliveira do Hospital, em 1943, onde estava com o pai que tinha um problema de saúde, e foi aconselhado a passar ali uma temporada. O então engenheiro Galamba já tinha um estágio marcado na Hidroeléctrica do Zêzere.
Ouvindo ali falar na Obra, desde logo, a quis conhecer e depressa se apaixonou pelo seu trabalho social e de apoio aos pobres, a ponto de pensar seriamente em se pôr ao seu serviço.
Em 1945 teve acesso ao primeiro número do jornal “O Gaiato” e o desejo de se entregar à Obra vem ao de cima e leva-o a conhecer o seu Fundador e a mudar o rumo da sua vida.
Depois de ser ordenado sacerdote, em Lisboa, veio para Paço de Sousa. Logo se tornou director da Obra da Rua e trabalhou com o fundador. À morte do Padre Américo, em 1956, foi o escolhido para supervisionar todo o trabalho desenvolvido pela Obra que tentou sempre manter fiel aos ensinamentos do "Pai Américo". Um "visitador dos pobres e dos bairros degradados", que queria "ser família dos que não têm família", referiu o padre Galamba numa homenagem da Diocese de Coimbra ao padre Américo, em 2009.
Muitos antigos “gaiatos” consideravam-no seu verdadeiro “pai”. E de facto ele deu-se a inúmeros rapazes sem colo maternal, sem afecto paternal, amando-os numa doação total como um pai acolhe os filhos.
Recorde-se que as Casas do Gaiato foram criadas para acolher, educar e integrar na sociedade crianças e jovens que, por qualquer motivo, se viram privados de meio familiar.
Actualmente, as três Casas do Gaiato (em Portugal) acolhem cerca de 150 rapazes. Em África, mais do dobro recebem o mesmo apoio.

6 comentários:

Contra a corrente disse...

Mais um herói da solidariedade!...
Que orgulho em pertencer a uma instituição que produz tais heróis!!!

Joaquim Costa disse...

De acordo.
A Igreja tem muitos homens e mulheres capazes de se dar aos outros.

Anónimo disse...

Eu conheci bem o Padre Carlos pois visitei várias vezes a Casa.
Era um Pai! E está trudo dito.
Jorge Silva

Ver para crer disse...

O Padre Carlos é mais um grande testemunho de caridade.

Anónimo disse...

Como todas as obras de Deus, também esa é muito amada e muito odiada. Para além dos problemas existentes,(se uma família de 5 ou 6 pessoas tem problemas, como os não há-de ter esta?), empolados pela ganância das audiências, é uma Obra que tem dado muitos frutos, muitos deles só conhecidos por Deus (e isso basta). Muitos letrados se dedicaram ao estudo do seu sistema educativo, muita gente anónima tem colaborado com ela. Agora, no Seio de Deus, o Pe. Carlos será mais um dos seus protectores.
FF.

Contra a corrente disse...

Tenho orgulho em pertencer à Igreja Católica, pois só ela suscita tantos santos.