quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Centenário da Madre Teresa


Faz hoje 100 anos que nasceu aquela que ficou conhecida por Teresa de Calcutá. E aqui fica a nossa homenagem.

Com o nome de baptismo de Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em 26 de agosto de 1910, em Skopje, na Macedônia, filha de pais albaneses, numa família de três filhos, sendo duas meninas e um rapaz.
Aos 13 anos, ouviu um jesuíta que era missionário na Índia dizer: "Cada qual deve seguir sua própria vocação". Tais palavras impressionaram-na e pensou que Deus lhe pedia que se entregasse ao serviço dos outros.
Seis anos mais tarde, solicitou a admissão na Congregação das Irmãs do Loreto que trabalhava em Bengala, mas teve primeiro de aprender a língua inglesa em Dublim. De Dublim foi enviada para a Índia em 1931 a fim de iniciar seu noviciado em Darjeeling no colégio das Irmãs de Calcutá.
No dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa, e emitiu os votos temporários de pobreza, castidade e obediência tomando o nome de "Teresa". A origem da escolha deste nome residiu no fato de ser em honra à monja francesa Teresa de Lisieux, padroeira das missionárias, canonizada em 1927 e conhecida como Santa Teresinha.
De Darjeeling passou para Calcutá, onde exerceu, durante os anos 30 e 40, a docência em Geografia no colégio bengalês de Sta Mary, também pertencente à congregação de Nossa Senhora do Loreto. Impressionada com os problemas sociais da Índia, que se reflectiam nas condições de vida das crianças, mulheres e idosos que viviam na rua e em absoluta miséria, pensou em ajudá-los.
Em 1946, pediu ao Papa Pio XII que lhe permitisse abandonar as suas funções enquanto monja, para iniciar uma nova congregação de caridade, cujo objectivo era ensinar as crianças pobres a ler. Desta forma, nasceu a sua Ordem - As Missionárias da Caridade. Como hábito, escolheu o sári, nas cores - justificou ela - "branco, por significar pureza e azul, por ser a cor da Virgem Maria". Começou a sua atividade reunindo algumas crianças, a quem começou a ensinar o alfabeto e as regras de higiene. A sua tarefa diária centrava-se na angariação de donativos e na difusão da palavra de alento e de confiança em Deus.
No dia 21 de dezembro de 1948, foi-lhe concedida a nacionalidade indiana. A partir de 1950 empenhou-se em auxiliar os doentes com lepra.
Em 1965, o Papa Paulo VI colocou sob controle do papado a sua congregação e deu autorização para a sua expansão a outros países. Centros de apoio a leprosos, velhos, cegos e doentes com Sida surgiram em várias cidades do mundo, bem como escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação com presidiários.
Morreu em 1997 aos 87 anos, de ataque cardíaco, quando preparava um serviço religioso em memória da Princesa Diana de Gales, sua grande amiga e falecida ela própria 6 dias antes, num acidente de automóvel em Paris. Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. No dia 19 de outubro de 2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa.
O seu trabalho missionário continua através da irmã Nirmala, eleita no dia 13 de março de 1997 como sua sucessora.

3 comentários:

carissimos disse...

Esta é uma pessoa de excepção. Como mulher e como cristã.
Quem dera que surgissem muitas assim!

Em contra-corrente disse...

São pessoas destas que andamos precisando.
Mas felizmente já temos algumas.

Anónimo disse...

Que grande mulher, num corpo tão pequeno!