sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Deus Existe. Eu Encontrei-o (2)


André Frossard resumiu tudo o que lhe aconteceu na referida igreja, numa frase: «Percebi que existe uma ordem no universo e que existe Alguém no qual nos movemos e existimos e que é Deus, a quem os cristãos chamam Pai».
E o jornalista e escritor conta que muitos dos seus amigos procuraram desmistificar a sua conversão. Uns achavam que era fruto de algum desgosto ou de uma conversa ou leitura de livro religioso ou mesmo de questões filosóficas que o teriam assaltado. Mas não, reponde André Frossard, até entrar naquela igreja nunca havia posto o problema de Deus.
Outros achavam que ele, a partir da sua conversão, havia perdido o seu livre-arbítio.
«Quanto ao meu livre-arbítrio – responde Frossard – só dispus realmente dele depois da minha conversão, quando compreendi que Deus podia salvar-nos de todas as sujeições a que ficaríamos inexoravelmente acorrentados sem Ele».«Eu, que até aí detestava os padres, busquei um para me preparar para o Baptismo. Recebi com alegria os seus ensinamentos. Uma coisa me surpreendeu: a Eucaristia. Parecia-me incrível que Cristo, para ficar connosco, tivesse escolhido o pão, que é o alimento dos pobres. Descobri também que existe um outro mundo, onde acontecerá a ressurreição dos mortos. Nesse mundo que há-de vir, seremos saciados da nossa sede e fome de vida em abundância e de felicidade para sempre».
«Antes da minha conversão, detestava a Igreja Católica. O que eu lia dava-me dela uma imagem muito feia. Falavam do pecado dos seus membros, mas não contavam tudo o que nela existe de belo. Nunca me falavam dos seus santos, como Francisco de Assis, que tanto admiro».
«O Deus que eu encontrei é uma família de três pessoas. E a segunda, Jesus Cristo, viveu neste mundo, foi morto e ressuscitou».
«Quando entro numa igreja deserta, recordo-me desse dia em que, por dom de Deus, se fez luz na minha vida. Saio com mais entusiasmo para, como jornalista e escritor, dar testemunho da minha fé e da minha esperança».
André Frossard nasceu em 1915 e faleceu em 1995. Foi jornalista em vários periódicos, escritor de diversos livros e membro da Academia de Letras de França. Para além disso foi um resistente da ocupação francesa pelos nazis. E em toda a sua vida, a partir da sua conversão, deu testemunho do seu amor a Deus e à Igreja.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Deus Existe. Eu Encontrei-o (1)


André Frossard é um dos muitos convertidos à fé cristã. Ele próprio conta a sua história num livro intitulado "Deus Existe. Eu Encontrei-o." Este livro deu a volta ao mundo inteiro e suscitou entusiasmo e desprezo. Como sempre! Há quem veja e há quem não queira ver; há quem ouça e há quem não queira ouvir.
André Frossard era o filho do primeiro secretário do Partido Comunista Francês: a sua família era ateia e afastada de toda a problemática religiosa. Ele observa com fina ironia: «Na nossa casa, nem por distracção se aflorava o assunto "religião". Éramos ateus perfeitos, daqueles que nunca se interrogam sobre o seu ateísmo.»
No entanto, aos vinte anos de idade, André Frossard tem um extraordinário e inefável encontro com Deus. Ele começa assim o relato memorável desse encontro:
«Agora, acontece que, por um acaso extraordinário, conheci a verdade sobre a mais debatida das causas e sobre o mais antigo dos problemas: Deus existe. E eu encontrei-o!”
«Encontrei-o por combinação – antes deveria dizer: por acaso, se o acaso tivesse algo a ver com esta espécie de aventura. Encontrei-o com o assombro e aturdimento de quem, ao virar a esquina habitual da costumada rua de Paris, visse diante dos olhos, em vez da praça e do cruzamento de todos os dias, um mar inesperado que se estende até ao infinito, lambendo com as suas ondas as paredes das casas. Um momento de espanto que ainda dura. Nunca me habituei à existência de Deus.»
E prossegue assim o relato da sua experiência:
«Ás cinco e dez de uma tarde (era o dia 8 de Julho de 1935), entrei numa capela do bairro latino de Paris para procurar um amigo e saí às cinco e um quarto, com um amigo que não era deste mundo. Entrei céptico e ateu (…) e mais que céptico e ateu, entrei indiferente e tão preocupado com outras coisas do que com um Deus que eu nem sequer pensava em negar (…)»
«Em pé junto da porta, busquei com o olhar o meu amigo e não consegui reconhecê-lo (…)
O meu olhar passa da sombra à luz, retorna aos fiéis, sem ir atrás de nenhum pensamento, vai dos fiéis às religiosas imóveis, das religiosas ao altar e, depois, não sei porquê, detém-se na segunda vela que arde à esquerda da cruz».
Foi assim que Frossard recebeu uma luz, que o converteu completamente a Deus, como direi no próximo número.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Veja e decida por si


Só somos livres, se de facto conhecermos o que é bem ou o que é mal.
Veja este filme e depois decida livremente.

Um louvor à honestidade


Reparei que ultimamente os jornais estão a dar notícia de pessoas que acharam determinadas quantias e as devolveram.
Dei-me ao trabalho de recolher algumas, que resumo:
Um motorista do Rio de Janeiro encontrou um pacote contendo 74.000 reais e não pensou duas vezes. Se o dinheiro não era seu, tinha de procurar o dono. E encontrou-o. Era dum senhor que tinha vendido o seu camião para custear a doença da filha.
Um outro encontrou 2.100 euros num saco de plástico, numa passadeira da rua Dr. Alberto Souto, em Aveiro, e foi entregá-lo.
O agente da PSP, chefe da divisão de trânsito, nem queria acreditar no que ouvia. É que no dia anterior havia recebido um telefonema de um amigo comum, a lamentar-se por ter perdido o dinheiro pouco depois de efectuar um levantamento no banco. A denúncia já tinha sido apresentada na PSP e por isso foi necessário cumprir todos os procedimentos para fazer a entrega do dinheiro. Os três amigos, que se juntam todos os domingos para passear de bicicleta, marcaram um encontro e o dinheiro foi entregue ao legítimo proprietário.
Por outro lado, uma espanhola decidiu devolver uma carteira encontrada no chão da rua, que estava carregada de dinheiro: no total de 17 mil euros.
O caso ocorreu em Granada e aquele dinheiro até dava jeito àquela mulher, chamada Maria,
que recebe uma pensão de 800 euros, tem três filhos em casa e uma neta a caminho. Mas o dinheiro não era dela e, por isso, decidiu devolver a carteira ao proprietário com os 17 mil euros.
Como estes haverá muitos casos. Alguns são do meu conhecimento.
Ainda há muita gente honesta, felizmente!