quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Arrependido de praticar abortos


Morreu o homem que se arrependeu de praticar milhares de abortos.
Veja aqui

Abriram-me a porta do Céu



O P.e. Carlos Torriani, missionário italiano do Pontifício Instituto de Missões Exteriores (Pime), está na Índia desde 1969. "Os leprosos abriram-me as portas do céu": assim começa ele, quando lhe pedem para contar a sua vida entre esses doentes.
"Quando cheguei a Bombaim, em 1969, a Índia já tinha bastante sacerdotes locais para as suas paróquias. O governo, pelo contrário, estava a preparar-se com a ajuda da Organização Mundial da Saúde para controlar a lepra. O lema que gravei na lembrança da minha ordenação sacerdotal era a frase de Cristo: «Fui enviado para levar a Boa Nova aos pobres, anunciar a libertação aos oprimidos».
“Decidi, então, pôr-me ao serviço dos leprosos. A prefeitura de Bombaim demarcou-nos dois grandes quarteirões, Chemburg e Kurla, com um milhão de moradores”.
“Comigo havia mais dois missionários: a enfermeira Luisa Marchesi e o médico dr. Salafia. Fomos procurando os que tinham a doença ou sinais de infecção e contámos mais de 4 mil leprosos no território a nós confiado. Estávamos nos anos oitenta".
“E, assim, em 1984, estávamos em Talosa, a 40 quilómetros de Bombaim. O terreno que nos foi doado era muito grande e então começámos por cultivar o arroz e as verduras que comíamos. Também nos auto-sustentávamos com a venda de mangas. Depois nasceu o desejo de orarmos juntos e, como na comunidade havia pessoas que professavam religiões diferentes: 5 católicos, 4 muçulmanos, 3 budistas e todos os outros hindus, me perguntei: «Se para rezar eu necessito do crucifixo, do Sagrado Coração ou da imagem de Nossa Senhora, também os outros têm a mesma necessidade de algo que lembre a fé deles e que os ajude a entrar num clima mais religioso».
“A partir disso, senti a exigência de criar um espaço para que eles se sentissem em casa. Comecei então a interessar-me pelos símbolos das diversas religiões que se professam na Índia”.
E assim nasceu "A Porta do Céu", como lhe chamou o Padre Carlos Torriani.
Lá os doentes trabalham, são apoiados e, o que mais importa, rezam, conforme a própria religião, numa capela ecuménica, mas numa solidariedade incomum entre grupos de religiões tão diferentes, como cristãos hindus, budistas e até ateus.
E o Pe. Carlos conclui: "Os doentes, como pedras rejeitadas pela sociedade, lembram que Cristo também se fez pedra descartada – como diz o Evangelho – mas salvou o mundo comodista, salvando esses doentes, colocando-se ao lado deles".

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sessenta e três mil


Nos últimos três anos e meio, foram feitos em Portugal mais de 63.000 abortos. Quer isto dizer que, desde que foi aprovada a liberalização da ‘interrupção voluntária da gravidez’, por dia, nos nossos hospitais públicos, foram mortos cerca de 50 seres humanos.
Por estranho que pareça, desta forma de guerra não declarada aos seres humanos nascentes não se ocupam os meios de comunicação, embora sobejem provas nas estatísticas da DGS, da Direcção-Geral de Saúde. Lembramo-nos certamente das frequentes manchetes, logo amplificadas pelas emissoras de rádio e televisão, dos textos comprometidos, dos casos convenientes e das repetidas reportagens que foram construindo, durante anos, uma narrativa inquestionável sobre o aborto clandestino. A essa verdade única e oficial, não raro reduzida a uma retórica da ‘humilhação’, bastavam deduções, ‘estudos’, extrapolações, para garantir que havia um ‘problema de saúde pública’, um ‘flagelo’ que urgia resolver. Não importava que a realidade fosse notícia, mas que a notícia se tornasse realidade.
Surpreendentemente, o aborto, uma vez legalizado, como que desapareceu; há 63 mil abortos contabilizados que não são notícia. E poder-se-iam acrescentar muitos outros motivos de admiração: que ninguém questione os custos directos e indirectos do aborto – mais de 100 milhões de euros; que não suscite qualquer reparo dar a Segurança Social igual subsídio a quem tem filhos e a quem aborta; que mais de metade dos 20 mil abortos a pedido realizados em 2009 tenham ocorrido na região mais rica de Portugal; que um dos principais activistas da liberalização do aborto pontifique no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida; que esse novel presidente se mostre, agora, preocupado com as largas centenas de mulheres que fizeram do aborto método de planeamento familiar (340 abortaram duas vezes em 2009).
O mal cria habituação. Quatro anos depois não podemos continuar a ignorar, a ignorar que há desastres maiores e mais graves do que a dívida soberana. Hoje, 11 de Fevereiro, dia de luto, é também dia de luta.
Belmiro Fernandes Pereira

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A melhor coisa que lhe aconteceu


Por vezes chegam-nos testemunhos ricos donde menos eram esperados.
Há dias, Paris Tassin, mãe solteira, compareceu a uma audição no Ídolos Americano (“American Idol”), no Estado de Louisiana nos Estados Unidos da América. E aí, ela contou, com lágrimas, a sua decisão de continuar com uma gravidez não planificada e de alto risco.
Tassin tinha 18 anos quando soube que estava grávida. O bebé sofria de hidrocefalia, uma doença caracterizada pela acumulação de fluido dentro do crânio.
“Os médicos disseram-me que eu não devia levar avante a gravidez, e que as coisas correriam mal se tivesse a criança”, disse Tassin.
Apesar disso, ela recusou submeter-se a um aborto, e disse que a sua filha Keira é agora uma criança de quatro anos de idade e muito saudável. A única complicação médica que surgiu é a de que Keira ouve mal e por isso tem que usar próteses auditivas.
“Ela é a melhor coisa que me aconteceu na minha vida", disse Tassin. "Eu canto para ela.”
Tassin impressionou os juízes com “A minha casa temporal” (“Temporary Home”) de Carrie Underwood. A canção fala àcerca dos desafios de uma mãe solteira. Ela foi seleccionada para cantar no concurso, que irá decorrer em Hollywood, no Estado de Califórnia.
Tassin é pois um bom exemplo que merece ser conhecido e seguido.
Quantas mães vivem hoje angustiadas porque cometeram o erro de dar ouvidos a maus conselheiros que as levaram ao aborto!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Salvou uns 10 mil judeus


Em 20 de Dezembro de 2010, faleceu, aos 98 anos de idade, o arcebispo Giovanni Ferrofino, núncio apostólico emérito no Equador e no Haiti, que salvou cerca de 10 mil judeus durante a 2ª Guerra Mundial, como colaborador do Papa Pio XII.
Gary Krupp, judeu, fundador da Pave the Way Foundation (PTWF), surgida em Nova York, explicou a ZENIT que Dom Ferrofino "talvez tenha sido a maior testemunha, em vida, dos esforços de Pio XII para salvar a vida dos judeus que a nossa Fundação entrevistou".
"Pio XII enviou-o como emissário a Portugal, solicitando vistos para que os judeus pudessem entrar no país", revela. Depois, Dom Ferrofino continuou o trabalho de assistência quando foi enviado como secretário da nunciatura da República Dominicana.
Numa entrevista que Ferrofino gravou para a PTWF, o prelado revelou a frustração que Pio XII manifestou, batendo a mão na mesa, ao ver que os americanos não haviam ajudado a "salvar esta vibrante comunidade" – referindo-se aos judeus.
O então Pe. Ferrofino recebeu regularmente, na República Dominicana, telegramas codificados de Pio XII, entre 1939 e 1945. Pessoalmente, decodificou essas mensagens e, com o núncio apostólico, Dom Maurílio Silvani, apresentou diversas petições ao general Rafael Trujillo, presidente da República Dominicana, "em nome do Papa Pio XII".
"O Vaticano tinha conseguido voos transatlânticos da Europa - explica Krupp. E isso aconteceu pelo menos duas vezes por ano, somando um total de 1.600 vistos por ano para os judeus que escapavam através de Portugal e da Espanha. Dom Ferrofino também ajudou esses refugiados a emigrar para Cuba, México, Estados Unidos e Canadá. Salvou, sob instruções directas de Pio XII, mais de 10 mil judeus."
O reconhecimento do trabalho de Pio XII e da Igreja Católica em favor dos judeus foi dado por muitos judeus que o testemunharam, entre os quais o físico de origem judaica Albert Einstein : "Somente a Igreja ousou opor-se à campanha de Hitler de suprimir a verdade. Nunca tive um interesse especial pela Igreja antes, mas agora sinto um grande afecto e admiração porque somente a Igreja teve a coragem e a força constante de estar da parte da verdade intelectual e da liberdade moral".

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Exemplo a seguir


Tirou o mestrado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e há dias apresentou um livro. Nada disto mereceria comentários não fora o facto de o autor ser portador de paralisia cerebral.
“Foram desafios que venci", afirmou à Lusa, Nuno Meireles, natural de Amarante.
Um problema no parto transmitiu a Nuno Meireles, de 34 anos, uma deficiência física profunda que o impede de escrever com as mãos. Apesar das limitações físicas, desde criança manifestou a sua inteligência e o seu inconformismo, desenvolvendo a faculdade de usar os pés para escrever.
Inicialmente, aprendeu a usar um lápis ou uma esferográfica para obter bons resultados. Mais tarde, adaptou-se ao teclado de uma máquina de escrever, que chegou a usar na escola primária, evoluindo depois para o computador.
Actualmente, sentado numa cadeira de rodas, utiliza o computador para estudar e comunicar com os amigos através da Internet, compensando as limitações de mobilidade.
O gosto pela leitura levou-o a escrever o seu primeiro livro em 2007, uma autobiografia intitulada "A Vida e eu".
"Eu sempre gostei de ler e escrever. Depois de escrever o primeiro, não queria ficar por aí", disse à Lusa, referindo-se ao segundo livro, um romance com mais de 400 páginas, escrito ao longo de um ano, intitulado "Duas vidas. Um destino". "É a história de duas pessoas, uma de classe mais pobre e outra de classe mais abastada", explicou.
É normal ouvir-se dizer que quem tem sonhos que dificilmente realizará é um “sonhador”. Nuno Meireles talvez não tenha ouvido ninguém chamar-lhe isto. Mas decerto muitos o pensaram.
Agora é ocasião de ver que o sonho – como a fé – move montanhas e “querer é poder”.
Que olhem para este exemplo todos os que sofrem contrariedades na sua vida e sigam este exemplo.