sábado, 29 de janeiro de 2011

Dia Mundial da Lepra


Dia 30 de Janeiro é o Dia Mundial da Lepra.
Esta foi a doença mais temida de algumas décadas para trás. Entretanto encontrou-se a cura.
E, segundo os planos da Organização Mundial da Saúde
(OMS), o contágio deveria estar completamente debelado em 2005.
Ao invés, há ainda 20 milhões de infectados e quase 400 mil novos
casos a cada ano. À base de antibióticos, a cura é fácil e barata,
mas ainda pesa o estigma social que marginaliza os infectados.
E a inaptidão física que a doença provoca, perpetua a pobreza.
A Igreja tem ainda hoje um papel de grande relevo na ajuda a estes doentes.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pró-Vida censurado


A Autoridade para a Comunicação Social (ERC) abriu um processo, em 10-1-2011, e ameaça punir, com pesada coima e suspensão de tempo de antena, o partido Portugal Pro Vida (PPV) por causa de uma queixa relativa à inclusão de imagens («7 segundos»!) reais de fetos abortados, no seu tempo de antena televisivo, de 22-10-2010.

Veja a resposta do Partido Portugal Pró-Vida em
aqui.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A única verdade é amar


No dia 30 de Janeiro, celebra-se o Dia Mundial do Leproso. Este Dia Mundial foi criado pela ONU, em 1954, a pedido de Raul Follereau, que nasceu em Nevers, França, em 1903 e morreu em Paris, em 1977.
Com uma brilhante carreira médica, abandonou-a quando se deparou com os leprosos, em África. Não mais pôde dormir descansado no conforto da sua casa. Este médico francês foi pelo mundo contactar o maior número de leprosos, abraçá-los, levar-lhes alívio e auxílio. Dirigiu-se aos governos e cidadãos dos países desenvolvidos, a pedir-lhes ajuda para o seu tratamento e cura.
É ele que conta:
«Pedro tinha 15 anos e estava leproso. Separado da família e dos amigos, sabia a gravidade da sua doença e por isso pensava que não tinha mais furturo à sua frente. Mas um dia viu um homem a seu lado que lhe segredou:
– Estou aqui para te curar!
O menino levantou a cabeça. E um breve sorriso inundou-lhe o rosto:
– Mas esta doença não tem cura...
– Estás enganado, disse-lhe o visitante. Eu sou Raul Foullereau e vou curar-te.
E, semanas mais tarde, o menino escrevia ao seu benfeitor, agradecendo-lhe o tratamento que lhe estava a dar visíveis melhoras.
Foullereau deu 32 vezes a volta ao Mundo, ao serviço dos doentes de lepra. Visitou Portugal em 1957 e 1968. Abraçou os doentes do Hospital Rovisco Pais. Até ao fim da vida lutou com todas as capacidades para conseguir que estes doentes fossem tratados como seres humanos, como nossos irmãos. Ainda em sua vida surgem, em vários países, as associações dos leprosos, sob a sua protecção. Em Portugal, a Associação Amigos Raoul Foullereau (APARF) nasceu, há 15 anos, sob a sua inspiração.
A APARF é uma iniciativa dos Missionários Combonianos. Herdeira dos ideais de Foullereau, prossegue a sua mensagem de amor, lutando contra a lepra e todas as lepras como era o seu desejo, seguindo o seu testemunho de vida.
– A maior desgraça que vos pode acontecer é não serdes úteis a ninguém. Porque a única verdade é amar, escreveu o famoso médico.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Liberdade de ensinar


Mais uma vez nos referimos a este assunto da liberdade de os pais escolherem a escola que desejam para os seus filhos. E isto porque, como é sabido, este governo está de novo a pôr em causa um direito que os diversos tratados a que Portugal aderiu reconhecem. «Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos», diz a Declaração Universal dos Direitos do Homem. E a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia reza assim: «São respeitados (...) o direito dos pais assegurarem a educação e o ensino dos filhos de acordo com as suas convicções religiosas, filosóficas e pedagógicas.
O que se está a passar em relação aos colégios ou escolas particulares com contrato de associação que ministram ensino gratuito, em pé de igualdade com as escolas públicas, é de uma injustiça sem limites. O governo, para além de limitar muito a sua contribuição, ainda quer deixar de o fazer às escolas que tenham ensino público que as possa substituir.
Mas as escolas particulares não são supletivas do ensino oficial. São um direito reconhecido e uma forma enriquecedora e feliz de o Estado cumprir o seu dever neste campo. Muitas delas permitem já aos pais a liberdade, ainda que relativa, de escolher a escola para os seus filhos, em regime de ensino gratuito e de igualdade. Estas escolas, que integram a rede pública, são escolas particulares com contrato de associação. Mas nem se respeita esta rede nem os contratos feitos antes.
As alterações que o Governo se prepara para introduzir no ensino privado, para poupar 70 milhões de euros num ano, têm provocado reacções em vários quadrantes da sociedade. O Presidente da República, Cavaco Silva, pediu bom senso, prometendo assumir as suas responsabilidades caso isso não se verificasse. Nas entrelinhas, estaria o veto presidencial numa altura em que o diploma se encontrava em cima da mesa para análise em Belém, mas o diploma acabou por ser promulgado.
Como disse João Dias da Silva, secretário-geral da FNE: “O sector não estatal não pode ser esganado na sua qualidade e garantia de ensino e aprendizagem”.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Só não vê quem não quer...


Hoje trago para aqui dois factos que mostram a realidade espiritual da Europa. O primeiro é fruto duma fé religiosa que está na alma de grande parte dos europeus. O outro é elucidativo da marginalização a que é votada a religião cristã nas mais altas instâncias da Europa, discriminando-a mesmo face a religiões muito minoritárias neste continente.
No dia 27 de Dezembro de 2010, o presidente da Real Federação Espa-nhola de Futebol, Ángel Ma-ria Villar, e o treinador da selecção espanhola, Vicente dei Bosque, deslocaram-se a Santiago de Compostela para ofere-cerem ao Apóstolo São Tiago a taça do Campeonato Mundial de Fute-bol, conquistada pela Espanha.
Quando fazia a oferta, Villar recordou que em Fevereiro de 2010 representantes da Federação de Espanha estiveram em Santiago para celebrar o centenário da organização e pedir "ajuda para superar os desafios no futebol espanhol a partir de então".
Num breve discurso diante duma multidão de gente, Ángel Maria Villar destacou a "devoção" própria e do mundo do futebol pelo padroeiro da Espanha e recordou que no mês de Abril de 2010 jogadores e dirigentes da selecção tinham pedido a São Tiago o sucesso no campeonato do mundo de futebol, realizado na Áfri-ca do Sul. E agradeceu:
"Era muito o que lhe pedíamos, mas confiávamos que atenderia o nosso pedido. E atendeu. Estamos hoje aqui com a Taça nas nossas mãos para brindar pelo nosso sucesso, porque, o Senhor, São Tiago, também nos ajudou a ser campeões do mundo".
Em contraponto, depois de muitos protestos, a Comissão Europeia vai fazer uma errata à agenda escolar que distribuiu por 3,2 milhões de estudantes em toda a Europa. A agenda, que custou a Bruxelas mais de 5 milhões de euros, assinala todas as festas religiosas judaicas e islâmicas, mas não as festas cristãs, como o Natal e Páscoa.
Afinal , os que trazem sempre na boca a palavra democracia mais uma vez deixaram o rabo de fora para que saibamos bem quais são as ideias de quem nos governa.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Visitadores de presos


Lembro-me como se fosse hoje da conversa de duas jovens num transporte público. Uma mostrava a sua estranheza por a outra lhe dizer que todas as semanas ia ao hospital visitar os doentes.
– Mas é alguém da tua família?!
– Não! – dizia-lhe a outra. – São pessoas que estão hospitalizadas e que não têm visitas.
– Mas não tens mais nada que fazer?!
É esta estranheza que se apossa de algumas pessoas por verem outros a tirarem horas do seu tempo para fazerem voluntariado.
Mas felizmente nem todos pensam assim. Eu lia num jornal – “o Diário Iol” – um artigo que falava nos visitadores de presos, deste modo:
Entram na prisão por vontade própria e regressam todas as semanas. Não foram condenados por nenhum crime, mas a vida empurra-os para trás das grades. São os visitadores.
Há uma definição que gosto muito, dada por Valdeci, "o visitador é o amigo que chega depois de todos os outros se terem ido embora"», explica ao tvi24.pt Cláudia Assis Teixeira, visitadora há seis anos.
Todos os sábados, homens e mulheres dão o seu tempo a quem tem demasiado tempo nas mãos: os reclusos. Privados da liberdade, o que mais lhes custa é a ausência. Estrangeiros ou com a família a viver longe, há quem não recebe visitas de ninguém enquanto está preso.
Dentro do sistema os reclusos não têm nome, são apenas números. Para os visitadores não se aplica. «Eles sabem que para nós não são um número, são o "João", a "Rosa", e isso é fundamental», afirma Cláudia ao tvi24.pt.
São muitos milhares – jovens e adultos, homens e mulheres – e de todos os níveis culturais, as pessoas que dão algum do seu tempo aos outros. Neste Ano do Voluntariado é bom darmos conta de que nem todos se deixam levar pelo individualismo e egoísmo e sabem dar algum do seu tempo aos que precisam.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Querer é poder


Há coisas em que é difícil acreditar. Mas estão tão bem fundamentadas que ninguém as pode desmentir. É o caso de Glenn V.Cunningham, um grande atleta americano. Chegou a ser o corredor mais rápido do mundo na corrida de uma milha. E conquistou a medalha de prata na categoria 1500 metros, nos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, para além de muitas outra provas.
Com apenas oito anos de idade, oferecera-se para acender durante o inverno a lareira que aquecia a sala de aulas.
Certa manhã, quando chegaram a professora e os meninos, a escola estava em chamas. O garoto foi retirado inconsciente do prédio. Mais morto do que vivo. Toda a parte inferior de seu corpo estava cheia de queimaduras sérias.
Na cama do hospital, pôde ouvir o médico a dizer a sua mãe que ele tinha poucas chances de viver e decerto nunca mais andaria.
Mas o corajoso rapaz tanto lutou que não só se curou como começou a mover as pernas. Certo dia, a mãe o colocou na cadeira de rodas e o levou para o quintal, para tomar sol.
Ele ficou ali, olhando a cerca, a poucos metros. Então, se jogou no chão e se arrastou pelo chão, até a cerca.
Com esforço imenso agarrou-se à cerca e levantou-se. Começou a arrastar-se, estaca após estaca, ao redor do quintal. Estava decidido a andar. Fez isso em todos os outros dias, até ter aplainado um caminho junto à cerca. Ele queria andar. E andaria. Daria vida outra vez àquelas pernas. Por fim, depois de massagens diárias e muita determinação, ele conseguiu a habilidade de ficar de pé, depois dar uns passos, embora vacilantes. Finalmente, caminhar. Depois, correr.
Começou a andar até à escola. Depois, decidiu que iria correr como os outros. Pelo simples prazer de correr.
Muitos anos depois, já na faculdade, ele entrou para a equipe de atletismo. E como ficou dito atrás muitas vezes conseguiu vencer as provas.
Este é um bom exemplo para todos os que sofrem provações, as mais inesperadas. Há que não desanimar. E lutar. Com persistência. Querer é poder. Por isso, quem luta acaba por vencer.