sábado, 20 de março de 2010

Aborto na União Europeia


A cada 26 segundos uma mulher faz um aborto na União Europeia, o que totaliza mais de 3300 por dia, constituindo «a principal causa de morte na Europa», revela um relatório do Instituto de Política Familiar (IPF).
O relatório sobre o «Aborto da Europa 2010» revela que se realizam mais de 1,2 milhões de abortos por ano nos 27 países da União Europeia, informa a Lusa.
«Os dados apontam para milhares de tragédias pessoais, familiares e comunitárias», que são um desafio prioritário para a sociedade em geral e para os governos, afirmou o presidente do IPF, Eduardo Hertfelder.
Para o IPF, é «necessário e urgente» que as autoridades apliquem uma verdadeira política de prevenção baseada no aumento da ajuda do Estado, com apoio económico para a mulher grávida, e na informação de prevenção, nomeadamente as alternativas ao aborto.
«Continuar a esconder a realidade não é a solução. É necessário ter um compromisso firme para a vida e fazer uma política eficaz da prevenção e ajudar as mães grávidas a ter as suas crianças», sustentou o responsável.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Ainda há gente boa!


Não sei se o meu leitor já alguma vez ficou sem gasolina no meio da estrada e longe de casa. A mim já me aconteceu há uns bons anos e fui socorrido por alguém que me não conhecia de lado nenhum. Mas era de dia e pude vir para a estrada para fazer sinal de que precisava de auxílio.
Há dias uma senhora contou-me que ficou sem gasóleo, de noite e a chover torrencialmente. Logo por azar nem telemóvel nem guarda-chuva tinha. Dentro do carro, foi fazendo sinais para alguém parar e a ajudar. Mas nada! Resolveu então sair do carro e meter-se à chuva. E alguém parou e foi arranjar-lhe combustível.
Quando lhe quis pagar, ouviu uma resposta inesperada:
"Não é nada! Desde menino ouvi dizer que ajudar quem precisa é emprestar a Deus.”
A mulher quis pagar-lhe ao menos o gasóleo, Mas o seu benfeitor disse-lhe:
“Se me quiser pagar, ajude quem vir necessitado!”
Num mundo em que tanta gente só pensa no dinheiro e até os irmãos se deixam de falar por causa das partilhas, faz bem saber que ainda há gente capaz de gestos como estes.
E aquela senhora rematou a sua conversa, dizendo-me:
“Abençoado homem, que até a mim me ensinou que quem ajuda o que precisa nunca deixará de ter a paga de Deus!”

sábado, 6 de março de 2010

A verdade vem sempre ao de cima


Têm sido muitos os ateus que acusam as religiões de todos os males. Um deles, Saramago, dizia há pouco tempo: “O mundo seria melhor se não fossem as religiões”.
Mas nem todos os ateus alinham por esse diapasão. É o caso de Bruce Sheiman que escreveu um livro com o sugestivo título: “Um Ateu Defende a Religião: Por que a humanidade está em melhor situação com a religião do que sem ela”.
Nessa obra, Sheiman diz que, apesar de não ser uma pessoa de fé, sabe que "a religião oferece uma combinação de benefícios psicológicos, emocionais, morais, existenciais, físicos e até mesmo à saúde que nenhuma outra instituição pode dar."
E mais à frente diz: "A religião também pode trazer malefícios, mas as acções benéficas realizadas diariamente por biliões de pessoas é a verdadeira história da religião, que acompanha o crescimento e a prosperidade da humanidade".
Um dos benefícios da religião é dar sentido à vida. De acordo com Sheiman, estamos conscientes de que vivemos num mundo de grande poder e potencialidade, mas, em contraste com os animais que só vivem numa relação utilitarista com o mundo, os seres humanos estão conscientes de que este mundo existe fora de nós mesmos.
O autor, em seguida, relata alguns exemplos de sociedades primitivas que procuravam dar sentido a suas vidas por meio da religião. Os mitos e rituais dos povos ajudaram a unir a realidade material e mortal com o ‘eterno e espiritual’. Ao longo do tempo, temos crescido como civilização em grande parte devido à religião, argumenta. Isto leva-nos a concluir que a religião global teve um impacto positivo, conclui.
Seria possível imaginar a alternativa de uma trajectória de progresso sem religião. Mas isso seria inacreditável, de acordo com Sheiman. Os historiadores não podem identificar qualquer outra força cultural tão robusta como a que a religião realizou ao longo dos séculos.
Sheiman também critica a leitura selectiva da história, realizada por parte de alguns ateus, que só realçam o que de negativo fez esta ou aquela pessoa religiosa, mas esquecem o que de formidável tantos outros religiosos fizeram.